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Região deve ter segunda safra de grãos recorde neste verão

Estimativa do Deral prevê que o segundo ciclo produtivo desta estação totalize 296 mil toneladas colhidas na região de Ponta Grossa

Foto de plantação de milho
Foto: Divulgação

As perspectivas são ótimas para a safra de grãos de verão deste ano: tanto a primeira quanto a segunda devem contar com grandes colheitas na região dos Campos Gerais. Enquanto que o primeiro ciclo produtivo deve totalizar 3,08 milhões de toneladas, o maior montante dos últimos cinco anos, a primeira estimativa da segunda safra é estimada em 296 mil toneladas, um recorde local – pelo menos desde a safra 2007/2008, quando inicia a série histórica do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab).

Os dados são da estimativa de dezembro, que ainda nem calcula a segunda produção de soja. A alta de 45,4% na colheita de feijão e milho é impulsionada pelo grão amarelo, que deve quase dobrar em relação ao ano passado: de 110.734 toneladas colhidas na segunda safra de 2020/2021, neste de 2021/2022 a expectativa é que a produção cresça 88% e atinja 208 mil toneladas.

O motivo é a recuperação do rendimento médio, que de 6.148 kg/ha em 2019/2020 caiu para 3.685 kh/ha no ano passado e agora pode chegar a 6.500 kg/ha, de acordo com a estimativa do Deral. 

Também é esperado que o feijão volte a render uma boa segunda safra, já que a sua evolução vem em sinal de “U” nos últimos anos: em 2018/19 foram colhidas 89.571 toneladas, no ano seguinte 46.616, em 20/21 57.185 e agora esperam-se 88 mil toneladas.

A alta é ainda mais atribuída ao rendimento neste caso, já que a área de cultivo deve ser 12% menor que a do ano passado na região de Ponta Grossa. Em compensação, o rendimento médio pode alcançar a marca de 2.200 quilos por hectare ,75% a mais que na segunda safra do verão passado.

Primeira safra

Para a primeira safra, que está a todo vapor, aguarda-se uma colheita 11,9% maior neste ano em relação ao anterior. A principal alta deve também ser a do milho, que sofreu no ano passado e neste tem sido uma maior aposta, já que 19% a mais de área foi destinada a ele.

A soja teve a sua área diminuída em 3%, mas espera-se que tenha um rendimento 4% maior, mesma variação estimada para a sua produção.

Já para o feijão as expectativas não são positivas neste primeiro ciclo: a região de Ponta Grossa deve produzir 10% a menos do grão, devido à uma queda de 13% na área destinada a ele. Isso já havia acontecido no ano passado, quando a área diminuiu 6,2% e o rendimento médio caiu 28,3%.

Preços explicam as apostas dos produtores

Os preços explicam as escolhas dos produtores. Não é novidade que durante a pandemia, com a alta do dólar, diversos itens do agronegócio tiveram uma supervalorização, mas avaliando apenas a evolução dos três principais grãos de verão cultivados na região de Ponta Grossa percebe-se um dos motivos que levaram os produtores a diminuir algumas áreas e aumentar outras.

No caso do milho, considerando apenas o início dos meses de dezembro, de 2019 (período pré-pandemia) para 2021 o preço médio da saca de 60 kg na região de Ponta Grossa quase triplicou, chegando a R$ 79 neste mês. Em um ano, a alta é de 13%.

A saca de soja praticamente dobrou de preço em dois anos e subiu 5,4% nos últimos 12 meses, ficando em R$ 156,60 no início deste mês.

Já a saca de feijão, que saltou 71,4% em dois anos, chegou a R$ 330 em dezembro do ano passado e agora caiu 27,3%, ficando em R$ 240.

Os valores são os médios indicados pelo Sistema de Informação de Mercado Agrícola (SIMA) do Deral, que calcula a cotação de compra pelos atacadistas paranaenses.

DC destaca agronegócio em publicações especiais

Acompanhando o crescimento do agro, neste ano o Grupo Diário dos Campos de Comunicação ampliou o seu portfólio de publicações especiais sobre o setor. Ao todo, foram feitos cinco cadernos especializados: os dois do “Safra”, edições já tradicionais que trazem o balanço da produção regional a cada fim de ciclo, e três “DC Agro”, que possui circulação estadual e segmentada – um deles é sobre grãos máquinas, outro sobre leite e carne e outro sobre frangos e suínos.

Todos estão disponíveis no portal dcmais, e podem ser acessados por este e por este link.

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