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Preços das carnes de Natal chegam a variar 17,4% em Ponta Grossa

Pesquisa de preços mostra diferenças de preços entre mercados

Fotos: Divulgação / Editora Globo

Se você está preparando a sua lista e as suas compras para a Ceia de Natal prepare o bolso: de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), os alimentos estão em média 7,93% mais caros neste ano, frente ao ano passado – quando já tinha aumentado 28,61%. Para tentar amenizar a inflação uma boa opção é fazer um levantamento dos preços, incluindo das carnes de Natal: tanto é, que no caso das principais tradicionalmente preparadas para a data se encontram preços até 13,9% diferentes de um mercado para outro em Ponta Grossa.

O dado foi obtido através de uma breve pesquisa feita pela reportagem do jornal Diário dos Campos e portal dcmais nos folhetos e sites das três maiores redes de supermercados da cidade: Muffato, Tozetto e Condor. Foram consideradas como as principais carnes de Natal o peru, o chester, o lombo, pernil e tender.

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A maior diferença de preços encontrada foi a do pernil Alegra temperado, em que o kg vai de R$ 22,89 a R$ 23,90 e R$ 26,89. 

Em segundo lugar está o lombo temperado Aurora, em que o kg é encontrado por R$ 35,90, R$ 39,90 e R$ 40,89, ou seja, variando até R$ 5 (13,9%) do mais caro para o mais barato.

Já em terceiro está o peru temperado da Seara, em que o kg da embalagem de aproximadamente 3,8 kg está R$ 21,98 em um local e R$ 23,48 em outros dois – uma diferença de 6,8%. Considerando o preço total da peça, os valores podem chegar a R$ 83,52 e R$ R$ 89,22.

Em contrapartida, há alguns itens em que o preço é mesmo nos três maiores supermercados de Ponta Grossa: peru temperado da Sadia (R$ 23,98/kg) e da Perdigão (R$ 22,98) e Chester Perdigão (R$ 22,98/kg).

A seguir, veja a variação de preços de todas as carnes de Natal pesquisadas em Ponta Grossa.

Inflação do Natal

Segundo a FGV, os preços de alguns dos principais itens de Natal, incluindo a Ceia e a lista de presentes, cresceram 5,39% neste ano (dez/20 a nov/21), variação inferior à do ano passado (dez/19 a nov/20), que foi de 13,51%, mas superior à de anos anteriores, como 2019 (3,81%), 2018 (3,37%) e 2017 (-2,30%).

O que mais puxou a inflação foi o aumento dos alimentos, com variação média de 7,93% (IPC-DI/FGV de dez/20 a nov/21), apesar de bem menor que no mesmo período do ano anterior (28,61%). Nos últimos 12 meses o frango inteiro, por exemplo, disparou 24,28% e está no topo da lista dos itens que mais pressionam o bolso, seguido de ovos (17,79%), azeitona (15,13%), carnes bovinas (14,72%) e farinha de trigo (13,70%).

Por outro lado, o preço do arroz registrou queda (-8,27%), assim como o do pernil suíno (-1,27%). Leite longa vida (0,81%), cebola (1,87%) e frutas (2,84%) subiram menos. 

“Os reflexos dos problemas nos custos de produção que sofremos desde o ano passado, com secas, geadas, alta nos preços dos combustíveis e energia elétrica ainda se fazem sentir, sobretudo nas proteínas. O câmbio alto, favorecendo a exportação das carnes, também contribuiu para manter os preços das proteínas em alta. No entanto, é bom ver que o retorno gradual das chuvas já tem normalizado a dinâmica de diversos preços de alimentos como arroz, frutas, hortaliças e legumes”, avaliou Matheus Peçanha, economista do FGV IBRE e responsável pelo levantamento.

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