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Preço dos itens básicos em Ponta Grossa cresce 5 vezes mais que a inflação

Atualmente, é necessário gastar quase R$ 7 a cada R$ 10 do salário mínimo para comprar os 33 itens considerados básicos para uma família de 3 pessoas

Foto: Divulgação

Quem costuma ir ao mercado tem sentido no bolso a alta da inflação brasileira, que vem disparando desde o ano passado – porém, o impacto é ainda maior em Ponta Grossa, onde o preço dos itens básicos tem subido bem mais do que a taxa inflacionária do país.

Enquanto que nos últimos 12 meses a inflação oficial (IPCA-IBGE) acumula alta de 11,73%, a soma do preço dos 33 produtos que compõem a cesta básica em Ponta Grossa ficou 26,18% mais alta – ou seja, mais que o dobro. Em outros recortes temporais também é possível ver a diferença: de janeiro a maio de 2022 a inflação ficou em 4,78% e a alta da cesta básica em PG em 11,71% – e apenas no mês de maio a discrepância foi ainda maior, com a variação local (0,47%) sendo cinco vezes superior ao índice econômico (2,66%).

O levantamento foi feito pela reportagem do jornal Diário dos Campos e portal dcmais com base no estudo mensal do Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas (Nerepp) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), que aponta que no mês passado a compra da cesta básica no sistema delivery de supermercados para famílias com renda entre 1 e 5 salários mínimos, com 3 pessoas em média, chegou ao recorde de R$ 840,89.

Este valor é R$ 21,77 superior ao mês anterior (abril) e R$ 88,16 maior do que o obtido em janeiro deste ano. Ele ainda corresponde a 69,38% do salário mínimo atual (R$ 1.212), o que representa quase R$ 7 a cada R$ 10 do seu total.

Produtos

De abril para maio o grupo das carnes foi o que mais contribuiu para a alta da cesta básica de Ponta Grossa: foram +7,15%, sendo a carne bovina a responsável pela maior variação positiva (+9,2%) e o frango pela menor (+2,6%). 

Na sequência está o grupo de limpeza (+4,22%), tendo como destaques a esponja (+18%) e o sabão em pó (-6,9%). Os preços da alimentação em geral subiram, em média, +1,56%, sendo as maiores variações o leite (+11,8%) e o feijão (-5,2%).

Os produtos higiene fecharam o mês 1,25% mais caros, com o maior encarecimento sendo o do sabonete (+13%) e a maior queda a do shampoo (-4,6%) e, por fim, os hortifrutigranjeiros foram os únicos que ficaram mais baratos, com uma variação mensal de -0,38%. O maior “embaratecimento” foi o da banana, com -25%.

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