O imóvel do antigo Matadouro Municipal de Ponta Grossa, espaço em Uvaranas que já chegou a abater quase trezentos animais por dia, segue desativado e sem previsão de reativação. Já são oito anos de desuso: em 2013 o local foi interditado pela Justiça devido a irregularidades ambientais e em 2018 chegou a ser utilizado temporariamente pelo 13º Batalhão de Infantaria Blindado (BIB) para treinamentos militares – mas o término da permissão de uso ocorreu no mesmo ano.
Segundo a secretaria municipal de Agricultura e Abastecimento está sendo desenvolvido um estudo para definir qual deve ser a destinação do local – entre as possibilidades estão vender, alugar ou ceder para novos projetos. “A intenção é tentar transformar o local em algo sustentável. Adequar, mas não no formato que era de matadouro, porque a prefeitura não tem interesse em manter um abatedouro, mas sim incentivar empresas e empresários a desenvolverem atividades do gênero”, disse o secretário Bruno Costa.
No final de janeiro do ano passado a reportagem do jornal Diário dos Campos e portal dcmais já havia questionado a prefeitura sobre os planos para o local e, naquela época, já foi afirmado estava sendo feito um estudo para formular um projeto de cessão da área para atividades permitidas dentro da legislação ambiental – ao lado do terreno há um rio, o que restringe os serviços que podem ser executados.
“Não há a intenção de reativar as atividades de um matadouro municipal, pois os custos altos para manutenção e a necessidade de um espaço já construído para abrigar as atividades impedem que a Administração Pública volte a oferecer este serviço”, disse a assessoria municipal há um ano.
Abatedouro do ovinos
Apesar de não haver a intenção de remontar o Matadouro Municipal, que quando estava em operação recebia de 30 a 40 bois e de 200 a 250 porcos por dia para abate, provenientes de pecuaristas de toda a região, Ponta Grossa pode passar a contar com um abatedouro cooperativista de ovinos.
O projeto já vem sendo discutido desde a Feira Paraná (realizada em outubro de 2019), quando a questão dos ovinos foi muito debatida e se percebeu que havia não só a possibilidade, mas também a necessidade de um local voltado a esta atividade. Segundo Bruno Costa a cooperativa Coopegera já havia demonstrado interesse em viabilizar um projeto e nas próximas semanas a administração municipal deve ser reunir com a empresa para conversar sobre o possível empreendimento.
“O que eles precisarem de apoio da Prefeitura e do Governo do Estado vamos procurar oferecer, já que é uma vontade do governo a criação deste espaço”, afirmou o secretário municipal.