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Entenda porque o gás de cozinha não vai ficar mais barato

A redução anunciada pela Petrobras não deve ter impacto no bolso do consumidor

(Foto: Arquivo DC)

A Petrobras anunciou ontem (12) que a partir de hoje (13) o gás de cozinha – que é o gás liquefeito de petróleo (GLP) – seria vendido mais barato às distribuidoras. Porém, a medida não deve gerar impacto no bolso do consumidor. Isso porque na semana passada o item ficou mais caro devido à data-base dos trabalhadores do setor e também a reajustes inflacionários, repassados à revendedoras – e no fim das contas a redução da Petrobras deve ser menor que a alta da semana passada.

O sindicato que representa as revendedoras de GLP do Paraná (Sinegás) soltou uma nota no dia 6 de setembro afirmando que desde segunda-feira da semana passada, 5 de setembro, as empresas receberam um reajuste de 5% a 9%, em média. 

“O reajuste é decorrente dos impactos inflacionários nos custos operacionais das distribuidoras e das revendedoras, bem como dos reajustes salariais do segmento. O aumento do preço do GLP pelas revendas será proporcional aos reajustes anunciados, acrescido do valor dos impostos e das margens para manter a operação”, diz o texto, que pode ser conferido na íntegra neste link.

Enquanto que a alta apontada pelos revendedores na semana passada, na prática, foi de 5% a 9%, a baixa anunciada nesta semana pela Petrobras é de 4,7% – isso em relação às distribuidoras, ou seja, considerando os impostos e a margem de lucro delas e dos revendedores, o repasse para o consumidor pode ser menor e o gás de cozinha deve acabar não ficando mais barato, como esperado.

Na prática

A reportagem do portal dcmais entrou em contato com cinco revendedoras de gás de cozinha de bairros diferentes de Ponta Grossa. Todas relataram que ainda não receberam o repasse da redução da Petrobras, e que aguardam a novidade no decorrer desta semana.

Das cinco, apenas uma soube estimar de quanto deve ser a queda: de R$ 2 a R$ 3; porém, lembrou que a alta da semana passada chegou a R$ 5.

Nas empresas consultadas na manhã desta terça-feira (13) o preço do botijão nacional de 13 kg, sem entrega, variava entre R$ 108 e R$ 114,90.

Alta

Levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) comprova que nas últimas semanas o botijão de 13 kg do gás de cozinha já vinha ficando mais caro em Ponta Grossa. A pesquisa foi feita em 12 revendedores. 

Enquanto que na semana de 28 de agosto a 3 de setembro o preço mínimo encontrado na cidade foi R$ 99,90 e o máximo R$ 116, na semana passada, de 4 a 10 de setembro, os valores saltaram para R$ 103,90 e R$ 121, respectivamente – altas de R$ 4 no valor mínimo e R$ 5 no valor máximo.

Composição do preço

A Petrobras disponibiliza em seu site uma estimativa da composição dos preços dos combustíveis, inclusive do GLP. A última pesquisa relacionada ao Paraná é referente à semana de 28 de agosto a 3 de setembro. Veja abaixo:

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