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Economia dos Campos Gerais cresce o dobro da brasileira

Entre os dezenove municípios que compõem a região, onze produziram mais riquezas em 2019 ante 2018; agropecuária puxou aumento e apenas os serviços tiveram retração

No ano passado a região dos Campos Gerais produziu R$ 28,69 bilhões em riquezas, 2,57% a mais do que no ano anterior – já com o desconto da inflação, que fechou 2019 em 4,31%. Das dezenove cidades que integram Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG), onze delas registraram crescimento no seu valor adicionado (VA). No mesmo período, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,1%, menos de a metade da variação regional.

O número foi calculado pela reportagem do Diário dos Campos com base em informações disponibilizadas pela Secretaria Estadual da Fazenda (Sefa) recentemente. Apesar de o VA e o PIB serem indicadores diferentes, é possível relacioná-los porque o valor adicionado é um mensurador de riquezas que compõe o Produto Interno Bruto.

O VA é, basicamente, a diferença do que a empresa comprou/utilizou na sua produção em relação à venda do seu produto; ou seja, o lucro bruto desconsiderando os custos diretos e indiretos, como pessoal e transportes, por exemplo. Em outras palavras, o VA é o PIB das empresas que são tributadas pelo ICMS. Não entram nesta conta empresas como construtoras, bancos, hospitais, correios, entre outras.

Melhores resultados

As maiores geradoras de riquezas da região no ano passado foram Ponta Grossa (R$ 9,63 bilhões), Ortigueira (R$ 3,45 bilhões) e Telêmaco Borba (R$ 3,31 bilhões). Porém, em relação aos melhores desempenhos – considerando as variações reais (já com o desconto da inflação) de 2018 para 2019 – outras cidades se destacaram.

O primeiro lugar ficou a cargo de Imbaú, que cresceu 38,5%. Impulsionada pela agropecuária, setor no qual mais do que dobrou o seu VA (+108,49%), a cidade só teve desempenho negativo no setor de serviços (-6,74%), seguindo a tendência do total regional. Na indústria evoluiu 50,92% e no comércio 8,1%.

A segunda maior variação positiva na geração de riquezas foi registrada em Reserva (12,94%) e a terceira em Palmeira (11,94%). Ponta Grossa ficou em quarto lugar, com +6,46%).

Piores resultados

Na ponta inversa do ranking, os municípios dos Campos Gerais com as menores economias foram Porto Amazonas (R$ 57,86 milhões), Curiúva (R$ 143,6 milhões) e Imbaú (R$ 156,25 milhões). Na sequência figura São João do Triunfo (R$ 237,24 milhões), cidade que teve a maior retração entre as dezenove da região: foram 15%, já considerada a inflação. As atividades que puxaram o desempenho negativo foram os serviços (-94,5%) e a agropecuária (-21,4%).

Jaguariaíva teve a segunda pior variação (-8,08%) e Curiúva a terceira (-7,32%).

Crescimento foi impulsionado pelo agro, mas comércio segue como o setor mais forte

Segmentando a soma do valor adicionado dos dezenove municípios dos Campos Gerais por atividade econômica, em montante produzido o comércio segue na liderança (R$ 23,05 bilhões), tendo na sequência a indústria (R$ 14,97 bilhões), a agropecuária (R$ 6,85 bilhões) e a prestação de serviços (R$ 2 bilhões).

Mas ao avaliar a variação real de 2018 para 2019 percebe-se que quem puxou o desenvolvimento regional foi a agropecuária (16,4%); o segundo maior crescimento foi verificado no comércio (6,85%) e o terceiro na indústria (4,89%). O único setor que teve o seu VA reduzido foi o de serviços (-6,43%).

Confira nos gráficos:

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