As chuvas registradas desde a última semana fizeram com que se intensificassem os problemas nas ruas de Ponta Grossa. Buracos preexistentes aumentam seu diâmetro no asfalto, ruas que estão para ser asfaltadas se tornam um lamaçal e alagamentos surgem, de forma isolada, em algumas regiões.
A situação se torna mais complexa devido ao cotexto de pandemia da covid-19. Porque, segundo a prefeitura, a Secretaria Municipal de Serviços Públicos (SMSP) está atuando com metade do efetivo normal. Em situações normais, seriam 340 servidores. Hoje são cerca de 170. Os demais foram afastados em função dos fatores de risco de contágio, como a idade por exemplo.
Mas esses pormenores ficam em segundo plano, porque o que João Erenilson Avelar vê diante de sua casa, todos os dias, são os buracos que aumentam. Ele mora na Rua Almirante Barroso, no Núcleo Rio Verde. “À noite, eu não conto carneirinhos para dormir. Conto buracos. Cada carro, ônibus ou caminhão que passa faz um barulhão. É tanta trepidação que até o muro já começou a trincar”, diz Avelar, que recentemente fez reparos em sua calçada, mas precisa conviver com o asfalto danificado.
Se a chuva faz com que o problema piore, por outro lado, comerciantes dizem que os buracos são anteriores ao mau tempo. “Isso está aqui há uns dois meses. Agora o povo ainda coloca entulho pra tentar amenizar o problema”, acrescenta o comerciante Nicolas Marcelo.
A loja dele fica do outro lado da rua. “Fica perigoso ocorrer acidentes de trânsito, porque muita gente tenta desviar dos buracos, e invade a pista contrária”, diz. A via é usada constantemente por moradores do San Marim, DalCol, mas também por quem faz trajeto até a UTFPR, Nova Rússia e Parque Nossa Senhora das Graças.
Ligação interbairros
A Rua Zacarias de Góes e Vasconcelos também é importante via de ligação entre os bairros Uvaranas e Jardim Carvalho. Mas ao menos em um de seus trechos a passagem de veículos está bastante comprometida, na quadra que fica entre as ruas Fagundes Varela e Afonso Celso. Abriram-se buracos que chegam a expor a terra sob o asfalto. Cheia de água, elas escondem o perigo, especialmente à noite.
Alagamento
Na Avenida Ernesto Vilela, os carros lançam grandes quantidades de água para os lados, ao passar em ponto de alagamento. Um bueiro entupido parece ser a causa. Adão Soares, que tem um comércio diante do alagamento, afirma que o problema não era visível até o início desta semana. “A situação se complicou mesmo nos últimos dois dias”, recorda. O elevado volume de chuvas costuma transportar detritos até o interior dos bueiros, causando o entupimento.
SMSP faz vistorias
A prefeitura afirma que a SMSP realiza diariamente vistorias em diversas regiões, e atende às demandas recebidas dos munícipes através dos canais oficiais (156 e protocolo aberto na praça de atendimento).
“Todas as solicitações são centralizadas por setores técnicos. Após vistorias, são programadas as manutenções necessárias nas vias, iniciando pelos casos emergenciais. Vale ressaltar que no caso da SMSP, além da recuperação de vias, as equipes trabalham com outras ações de manutenção da cidade”, informou, via assessoria de imprensa.
Segundo a prefeitura, o cronograma e programação são realizados de acordo com a emergência da obra. Em alguns dos casos, devido às próprias condições climáticas, é necessário a melhoria do tempo para a execução de reparos.
O DC solicitou a lista de locais já incluídos nessa programação ou o número de serviços solicitados, mas não obteve resposta. O município apenas informou que, em julho, foram realizados em torno de 200 atendimentos relacionados à manutenção de vias e mais de 50 quilômetros recuperados (em seis bairros atendidos) na operação tapa-buracos.
Canal 156: Peça conserto em sua rua
Em casos de problemas, a população pode registrar a ocorrência diretamente no Canal 156 da Prefeitura, seja pelo telefone 156 ou pelo site da prefeitura, na aba da lateral direita. O sistema gera um número de protocolo pelo qual o munícipe pode acompanhar sua solicitação.