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Caminhoneiros de Ponta Grossa ameaçam greve

Foto: Ilustrativa

Os caminhoneiros de Ponta Grossa e de todo o país estão ameaçando fazer greve devido à última alta no preço do diesel, que elevou o preço da Petrobras em R$ 0,70 por litro. Os valores dos combustíveis já vinham sendo criticados antes do aumento aplicado no último fim de semana, e a novidade intensificou ainda mais as críticas e mobilizações.

“Não é que os caminhoneiros querem fazer greve, mas com o rumo que [o preço do diesel] está tomando eles vão ser obrigados a parar”, disse o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Ponta Grossa e Região (Sinditac), Neori Tigrão, à reportagem do DC.

Segundo ele, lideranças de outros estados têm entrado em contato para alinhar ações. 

“Nos últimos dois meses fui duas vezes a Brasília conversar com o líder do governo, Ricardo Barros, pedindo apoio para que fosse feito um projeto para mudar a resolução do combustível vinculado ao dólar. Se o governo não tomar providências eu vejo a possiblidade muito grande de uma parada nacional”, apontou o líder local da categoria, diz não concordar que a “Petrobras fature milhões para os seus acionistas e povo brasileiro fique pagando a conta”.

Brasil

A situação de alerta sobre uma greve dos caminhoneiros veio a ficar em evidência não só em Ponta Grossa, mas em todo o país. O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim – o popular Chorão -, publicou um vídeo nas suas redes sociais pedindo, inclusive, a mobilização geral a partir da hashtag #grevejá.

“Vamos ter que parar pela greve ou por não ter mais condições de rodar. Venho, hoje, informar e pedir a todos os transportadores que quando começar o movimento que todos fiquem unidos e que a população brasileira apoie essa causa”, afirmou.

“Estamos nos movimentando e já não temos mais tempo, e nem condições, para esperar alguma resposta diplomática desse governo”, complementou ele.

Preços

No último sábado a Petrobras aplicou uma alta de R$ 0,70 no preço do litro do diesel vendido às refinarias. Considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passou de R$ 4,42, em média, para R$ 5,05 a cada litro vendido na bomba – uma variação de R$ 0,63 por litro.

Os postos, porém, alegam que o repasse foi ainda maior. “No caso do diesel, há relatos de distribuidoras que elevaram os preços para os postos em R$ 0,77 –  14 centavos a mais do que o anunciado. Diante disso, o Paranapetro entrou em contato com as distribuidoras para solicitar esclarecimentos e também informou ao Procon”, afirmou em nota o sindicato que representa os postos paranaenses, Paranapetro.

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