em

Vacina em crianças irá reduzir internações, diz pediatra de PG

O Ministério da Saúde mantém, até o dia 2 de janeiro, a consulta pública on-line

O Ministério da Saúde mantém, até o dia 2 de janeiro, a consulta pública on-line a respeito da vacinação contra covid-19 para crianças em todo o Brasil. O assunto é polêmico, divide posicionamentos, e há quem opte por não expor opinião. Mas o pediatra Dr. Ângelo Luiz De Col Defino acha importante apresentar seu ponto de vista sobre a vacina em crianças.

Em novembro de 2020, Defino foi internado com covid-19 e viu a velocidade com que a doença evolui, de uma gripe para o leito de UTI, da UTI para enfermaria e, depois, para a lenta e gradual recuperação dos pulmões em sua própria casa. Para ele, não há dúvidas, a vacinação de crianças é importante.

Vacina em crianças

“A vacina em crianças de 5 a 11 anos já é usada em outras países e é extremamente importante nessa faixa etária. Em nossa região tivemos muitas internações de crianças com covid, sendo que a doença foi a segunda maior causa de óbito em crianças no Brasil, perdendo só pra acidente de trânsito”, diz.

O médico, que acompanha rotineiramente as informações relativas à pandemia no meio infantil, destaca que quase 600 crianças com covid-19 morreram no Brasil, desde o início da pandemia. Mas as mortes não são a única justificativa para a aplicação do imunizante.

“A vacina também protege das formas graves da doença. E, na criança, além da situação aguda, existe também a síndrome multi sistêmica, que pode aparecer como sequela semanas depois de ter a covid”, diz, se referindo a inflamação que atinge diferentes órgãos do corpo.

Defino garante que a cidade teve muitos casos de crianças internadas, algumas indo para a UTI, e cuja lesão pulmonar não se recupera imediatamente, exigindo medicação a ser administrada por muito tempo. “Temos que pesar os custos e os benefícios. Nos últimos meses tivemos mais mortes de crianças por covid que por meningite”, finaliza.

Boletim

O boletim municipal da covid-19, divulgado quase que diariamente pela Prefeitura de Ponta Grossa, informava, no início deste ano, um óbito atribuído à doença entre jovens com idade de 10 a 19 anos. Nos últimos 12 meses, ocorreu mais uma morte, na mesma faixa etária, totalizando agora duas mortes de adolescentes. Não houve morte de crianças entre 0 e 9 anos.

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) não inclui, em seu boletim diário da doença, informações sobre internações de crianças com covid-19.

Município e Estado

A FMS foi consultada pela reportagem do Diário dos Campos e portal dcmais sobre o posicionamento técnico do município em relação à vacinação de crianças. Por meio da assessoria de imprensa, a prefeitura declarou que “entende que esta definição é atribuição do Ministério da Saúde, através do Plano Nacional de Imunização”. Já o Secretário de Estado de Saúde, Beto Preto, se manifestou nesta semana sobre o tema, defendendo a imunização infantil, e destacando que o Paraná foi um dos primeiros estados e pedir vacinação pediátrica.

LEIA TAMBÉM NO DCMAIS: Vacinação de crianças contra covid é apoiada pela Associação Médica

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.