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Uma a cada quatro mortes por covid em PG ocorreu em janeiro

Foto: Arquivo DC

O primeiro mês do ano teve 72 vidas perdidas pela covid-19 em Ponta Grossa. Os 31 dias mais mortais da doença fizeram a cidade se aproximar de 300 óbitos na pandemia. Sozinho, janeiro registrou 25% de todas as perdas da doença. Até a virada do ano, o município tinha 208 mortes contabilizadas em decorrência de complicações causadas pelo novo coronavírus. Agora são 283.

Autoridades em todo o país alertavam para os riscos de aglomerações nas festividades de Natal e Réveillon. Infelizmente, não deu outra. De dezembro até o último dia de janeiro as mortes mais do que dobraram. O crescimento foi de 132%, pois o último mês de 2020 havia acumulado 31 óbitos.

Se comparado com agosto, que até então era o mês mais violento da covid-19, os dados ainda impressionam. São 19 mortes a mais em janeiro, o que levou a cidade a registrar pela primeira vez uma média superior a dois óbitos por dia.

Arte: dcmais

Quando confrontados, os números de contaminados mostram maior elevação proporcional em agosto, mas também evidenciam que o primeiro mês de 2021 teve mais de 5 mil novos casos de covid-19, sendo o maior em número absoluto.

Ponta Grossa começou agosto/2020 com 1.445 pessoas infectadas e fechou com 2.997, crescimento de 107% em 31 dias. Janeiro, por sua vez, abriu com 12.815 casos e terminou com 18.133 – aumento absoluto de 5.318 pessoas infectadas (41,5% de crescimento em 31 dias). Isso significa que em média o município teve 172 novos casos da doença a cada 24 horas.

Fevereiro

O Boletim Municipal Oficial, divulgado diariamente pela Fundação se Saúde (FMS), contabilizou mais três mortes em Ponta Grossa pela covid-19 nesta segunda-feira. Os três falecimentos, segundo o próprio órgão, já pertencem ao primeiro dia de fevereiro. Ou seja, nenhum dos óbitos confirmados estava represado.

Lotação do HU-UEPG tem leve queda nos últimos dias

Desde que havia ampliado a capacidade e disponibilizado mais de 100 leitos exclusivos para covid-19, no dia 5 de janeiro, o Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HU-UEPG) não via o número de pacientes ficar abaixo de 90. Nem mesmo os óbitos que ocorrem em virtude da doença ou as altas recebidas pelos pacientes, diminuíam a carga de trabalho na ala covid.

No final de semana, por dois dias esse dado caiu para 88 leitos ocupados, voltando a subir no domingo (31) para 94 camas com pacientes positivados ou suspeitos da doença. Ou seja, o hospital que é referência regional no tratamento tem ocupação de 82,5%.

Em agosto, no dia 30, 100% dos leitos tinham pacientes, o que evidencia a agressividade de contaminação naquela época. Mas há uma diferença importante. Há cinco meses, o HU-UEPG disponibilizava somente 54 camas na ala covid. Atualmente são 114 e 40 pacientes a mais em internamento.

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