O jornal Diário dos Campos e portal dcmais entrevistou, nesta sexta-feira (16), o chefe da 3ª Regional de Saúde do Paraná, Robson Xavier, o secretário de Saúde de Ponta Grossa, Rodrigo Manjabosco, e a diretora executiva da Casa da Indústria, Priscila Garbelini Jaronski, para tirar dúvidas e promover um debate sobre o programa de imunização contra a covid-19 e a H1N1.
Foram apresentadas aos gestores algumas perguntas enviadas por internautas e comuns em grande parte da população. Confira, a seguir, um resumo das explicações e veja a entrevista completa neste link.
Quem tem sintomas pode tomar a vacina?
Não. Segundo Manjabosco, quem teve sintomas no dia anterior ou no mesmo em que iria tomar a vacina deve esperar para ser imunizado. “Coriza, dor de garganta, mal estar, dor no corpo e febre: se estiver sentindo alguma dessas coisas não deve comparecer ao local de vacinação tanto pelo risco de contaminar outras pessoas, quanto porque pode ter piora dos sintomas ao ser vacinado”, explicou.
Após ter contraído covid-19 a partir de quando pode tomar a vacina?
30 dias contados a partir da alta. “Se a imunização está na sua faixa etária, mas você está contaminado você deve esperar, não vai perder a vez – esse é o medo de muitas pessoas. Nós sempre fazemos dias ‘de repescagem’ da vacinação”, disse o secretário da Saúde. Em caso de dúvidas é possível ligar ao ‘call center’ municipal pelo telefone (42) 3220-1019.
A vacina contra covid-19 gera reações?
De acordo com Rodrigo Manjabosco, ela pode causar reações leves, como mal estar, dor no corpo, dor de cabeça e dor leve no local por 1 ou 2 dias. “Isso não quer dizer que não deva procurar orientação médica”, alertou o secretário. O chefe da 3ª regional de saúde complementou falando sobre a importância de reportar os sintomas: “A recomendação é se investigue esses eventos mesmo que sejam leves, para verificar se foi um problema pontual de reação do indivíduo ou em virtude de um problema específico do lote da vacina”, disse xavier.
É necessário usar máscara após ser vacinado?
Sim. “A vacina tem um grau de efetividade, mesmo quem tomar pode desenvolver a doença. A máscara protege ainda contra a H1N1”, lembra Manjabosco.
Qual o prazo entre as doses?
A segunda dose da Coronavac deve ser tomada 25 dias após a primeira aplicação, enquanto que para a Astrazeneca o prazo é um pouco maior, de 90 dias. O secretário de saúde de Ponta Grosas explica a importância da segunda dose.
“Quando se faz a aplicação de uma vacina seu organismo vai começar a reconhecer esse vírus e começa a produção de células que têm essa memória. A quantidade dessas células vai aumentando e leva de 15 a 25 dias pra que isso aconteça, por isso a segunda dose é aplicada nesse tempo. Quando se aplica a segunda dose a vacina aviva mais ainda essa memória imunológica, o organismo reconhece de novo e aumenta a efetividade da imunidade… qualquer imunobiológico funciona assim”, salientou Rodrigo Manjabosco.
Em relação à vacina contra H1N1, o intervalo entre ela e qualquer uma das doses contra a covid-19 deve ser 15 dias.