A Prefeitura de Ponta Grossa confirmou, nesta sexta-feira (3), o registro da primeira morte por covid-19 atribuída à variante delta do coronavírus. De acordo com a Fundação Municipal de Saúde, a informação foi repassada pela Secretaria de Estado de Saúde (SESA-PR) na tarde de quinta-feira (2). A vítima foi um homem, com idade entre 50 e 58 anos, que possuía comorbidade.
A informação foi divulgada menos de dois dias após o estado informar, pela primeira vez, a detecção de variante delta em Ponta Grossa. Conforme observado nas divulgações diárias realizadas pela SESA, a variante e suas sublinhagens, vem ganhando terreno.
Até essa sexta-feira, 857 amostras do Paraná haviam sido sequenciadas pela Fiocruz e 460 aguardavam resultado. A maioria das amostras correspondem à variante P.1 (464 casos). A delta possui atualmente 138 casos confirmados e 28 óbitos, entre casos da própria cepa e suas sublinhagens.
Leia também: Por que a variante delta preocupa tanto no Paraná?
Variante delta
A delta também foi inicialmente chamada variante indiana, e se destacou pela aparente capacidade maior de propagação. Documento da Organização Mundial da Saúde informou, no mês passado, que ela havia sido notificada por 135 países a nível global e 22 países e territórios na Região das Américas.
Desde abril, a OMS nota um aumento exponencial da variante, sendo ela a predominante, em julho, em quase 90% das amostras em nível global. A delta teria impulsionado um pico de casos no Japão, durante os Jogos Olímpicos.
- Saúde confirma mais 13 casos e dois óbitos da variante delta
- Saúde confirma primeiro caso de variante delta em Ponta Grossa
- Paraná identifica sublinhagens da variante Delta do coronavírus
Vírus mais potente
Em junho, um estudo recém-publicado com a participação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sugeriu que a variante delta poderia aumentar o risco de reinfecções. O problema teria sido observado de forma marcante entre os indivíduos anteriormente infectados pela variante Gama, identificada originalmente em Manaus e dominante no Brasil. O mesmo foi observado em relação a indivíduos que já haviam sido infecitados pela variante Beta, detectada pela primeira vez na África do Sul. Nesses casos, a capacidade de neutralizar a cepa Delta seria onze vezes menor.
Efetividade da vacina
Também em junho, a Fiocruz informou que dados demonstraram uma efetividade de 92% da vacina Astrazeneca para hospitalizações contra a variante delta. Em agosto, um novo estudo coordenado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, apontou que as vacinas Pfeizer e Astrazeneca, no Brasil produzida pela Fiocruz, também garantem proteção contra a infecção pela variante delta da covid-19.