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Pesquisa desenvolve torre de radiação que promete eliminar coronavírus

Equipamento deve permitir instalação futura em hospitais, laboratórios e consultórios (Divulgação UEPG)

O egresso da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Mário Lúcio Moreira, em parceria com os técnicos Cristian Dias Fernandes e Vinícius Nizolim Becker, desenvolveu uma torre que é apontada como capaz de desinfectar ambientes e eliminar o coronavírus, responsável pela transmissão da covid-19.

O aparelho é baseado no uso da radiação ultravioleta na região C, capaz de destruir a capa proteica e o material genético de qualquer tipo de vírus, assim como fungos e bactérias. Dentre os fatores que influenciam nessa ação, estão o tempo de exposição, a quantidade de energia e o comprimento de onda emitido.

“A radiação UVC é a mesma que chega à superfície da terra e é bloqueada pela camada de ozônio. O que nós fazemos é utilizar lâmpadas que conseguem emitir uma luz que tem essa característica de energia na região C, com um comprimento de onda específico de 254 nanômetros, capaz de romper as ligações de RNA do coronavírus”, explica o professor Mário Lúcio Moreira.

Conforme o docente, quando a torre emite a sua dose de radiação, a capa proteica que fica em torno do vírus e se parece com uma coroa se rompe. Dessa forma, o coronavírus não consegue mais se reproduzir.  “Nas extremidades da capa estão as proteínas que são responsáveis por se ligarem às nossas células e permitirem que o vírus se reproduza. A radiação UVC quebra justamente essa molécula que recobre o vírus”, conta Mário.

Instalação

As torres de luz ultravioleta foram instaladas nos consultórios odontológicos da Universidade Federal de Pelotas, instituição onde o professor Mário Lúcio leciona, e está ajudando a proteger a comunidade atendida no local. A equipe já começou a segunda fase do projeto, com a adaptação completa de todo o prédio da universidade para a instalação das torres nas salas de aula. O local está passando por adaptações e adequações nas instalações para receber os equipamentos.

Pesquisador sugere que radiação seja emitida em ambientes antes do uso por pessoas (Divulgação)

Cuidados

Embora os sistemas de esterilização por raios UVC sejam seguros, é necessário tomar cuidado para não causar danos às pessoas, já que a exposição do corpo humano à radiação pode danificar células e causar problemas oculares, de pele e disfunções no organismo. O pesquisador recomenda que o aparelho seja usado nas empresas no período da noite, horários de almoço, ou durante as trocas de turno, quando não há ninguém no local. O objetivo futuro da equipe é ampliar a utilização da torre para ambientes hospitalares, laboratórios e consultórios odontológicos do país, com a intenção de combater a covid-19. (com informações da UEPG)

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