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Passaporte da vacina é questionado em audiência

Foto: José Aldinan

Com quase 40 participantes, a Câmara de Vereadores de Ponta Grossa sediou na sexta-feira (15), uma audiência pública com o tema ‘Passaporte da Vacina’, para discutir os prós e contras sobre a exigência de comprovantes de vacinação contra a covid-19. A discussão, promovida pelos vereadores Missionária Adriana (SD), Leandro Bianco (Republicanos), Léo Farmacêutico (PV) e Felipe Passos (PSDB) reuniu profissionais para debater o assunto, como o advogado William Carvalho; o professor Bruno Barroso; e o presidente da Associação Médica de Ponta Grossa, Francisco Barros, que se posicionaram contrariamente à exigência do passaporte.

O vereador Leandro Bianco, mediador da audiência, ressaltou que foram convidados vereadores e representantes do Poder Executivo favoráveis ao passaporte, mas não compareceram. “O líder do Governo, vereador Filipe Chociai, informou que não poderia comparecer mas se comprometeu em convidar representante do Executivo. Mas, infelizmente, não tivemos participante”, frisa. Assim, durante a audiência, apenas houve o posicionamento de pessoas contrárias ao passaporte.

O presidente da Associação Médica ressaltou não ver eficácia no passaporte da vacina. “Vemos nisso uma arma para tirar a liberdade das pessoas”, citando o exemplo da comitiva que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, para Assembleia Geral da ONU. “O presidente que não foi vacinado não pegou a doença. O outro que tinha sido vacinado, acabou pegando o vírus”, disse, se referindo ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que testou positivo para covid-19.

Os participantes ressaltaram que o objetivo é se mobilizar contra leis e decretos que impõem restrições a quem não se imunizou. Atualmente, decreto municipal em vigor em Ponta Grossa e que leva em conta também determinações estabelecidas pelo governo estadual, exige a apresentação da carteira de vacinação completa, com uma ou duas doses conforme o tipo de imunizante utilizado para a entrada em eventos de natureza comercial nos quais ocorra a cobrança de ingresso, como reuniões, eventos, comemorações, assembleias, confraternizações, simpósios, seminários e congressos; ou apresentação do teste covid com no máximo dois dias de antecedência.

O advogado William Carvalho e o professor Bruno Barroso, por sua vez, opinaram que o problema não é a vacina, mas o controle sobre os imunizados e as restrições impostas a quem se recusar a ser vacinado. Os participantes também mencionaram ordem de serviço da Fundação de Assistência Social de Ponta Grossa que obriga que o servidor apresente, junto ao departamento ao qual encontra-se lotado, cópia da carteira de vacinação. A medida, leva em conta orientação da Controladoria Geral do Município e do Tribunal de Contas do Estado.

“Tem alguns estados que já têm impedido as pessoas de pegarem metrô, por exemplo, restringido a liberdade de locomoção. Por isso precisamos nos mobilizar”, afirma Carvalho.
Conforme Bianco, o grupo de vereadores que propôs a audiência deverá se reunir com a prefeita Elizabeth para expor as opiniões apresentadas no encontro.

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