Após vivenciar o rápido aumento na taxa de ocupação de leitos SUS exclusivos para casos suspeitos ou confirmados de covid-19, o Paraná começa a observar redução na demanda.
No início do mês de março, a fila de espera por um leito tinha 616 pacientes. Somente na UTI eram 242 pessoas à espera de um leito. Mas os números aumentaram rapidamente e atingiram recorde no dia 16 de março, quando 1.357 pessoas com sintomas de covid-19 aguardavam um leito, 641 delas precisavam de UTI.
Após registrar um aumento de 120% no número de pessoas na fila de espera, essa taxa começou a dar sinais de retração na última semana. Entre os dias 17 e 23 houve diminuição no número de pacientes aguardando leito. Foi quando o total caiu de 1.357 para 921: redução de 32%.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR), o tempo de permanência na fila de espera varia para cada paciente e cada situação particular, mas 55% conseguem um leito em até quatro horas, 12% entre quatro e oito horas, 7% em ate 12 horas. Nessa lista, 3% precisaram esperar mais de 48 horas. Parece pouco, mas em março isso significou 1.223 pessoas até terça-feira (23), quando havia 518 pessoas à espera de um leito de UTI e 403 aguardado leito de enfermaria
UTIs
Para que se tenha uma dimensão do que significa o dado atual de 518 aguardando a liberação de um leito de UTI, é preciso ter em mente que o estado possui, no total, 1.687 leitos de UTI. Ou seja, cerca de 30% de todos os leitos existentes poderia ser ocupada somente por pacientes que estão nessa fila.
Dados da Sesa-PR
Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) e se referem a todos os leitos SUS exclusivos para pacientes sintomáticos de covid-19, somando também a Central de Leitos Metropolitana de Curitiba. Os dados não incluem fila de espera para pacientes decorrentes de outros problemas de saúde, sejam clínicos (como AVC) ou traumas (como acidentes de trânsito).
