Por Walter Téle Menechino – dcmais
Mais 213 exames positivados para covid-19 e dois óbitos causados por complicações do vírus Sars-Cov-2. Essas são as informações da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Ponta Grossa neste sábado (16). Assim, a cidade soma 240 óbitos e 15.411 ocorrências da doença que, oficialmente, aportou por aqui no dia 21 de março de 2020, quando foi confirmado o primeiro caso.
De lá para cá, foi registrado um crescimento exponencial da doença a partir de junho de 2020, chegando ao pico em finais de agosto e início de setembro. A partir de então foi registrada queda nas ocorrências de positivados e óbitos, porém a partir do final do ano passado uma nova onda tomou conta do Brasil, sendo que Ponta Grossa não é nenhuma exceção.
Os estudiosos dizem que, agora, o país – e Ponta Grossa -, está pagando a fatura contraída nas festas de final de ano. O vencimento tem prazo curto para ser cobrado, cerca de duas semanas, e longo para sanar. Os juros podem levar à falência múltipla de órgãos, principalmente àqueles acima de 60 anos. Dos 240 óbitos em Ponta Grossa, 179 foram de pessoas com mais de 60 anos. Entre 50 e 59 anos, foram 19.
Lei seca
Desde sexta-feira (15), Ponta Grossa está sob lei seca e toque de recolher. Os objetivos são reduzir encaminhamentos hospitalares motivados por traumas acidentais e causados por desentendimentos, assim como aglomerações que favorecem o contágio. Neste sábado, 74 ponta-grossenses estão na Ala Covid do Hospital Universitário. Ontem eram 77, baixou um pouco, mas esses números mudam o tempo todo.
Talvez os dois que deixaram a UTI tenham entrado na estatística mais dolorida, a de óbitos – tomara que não. Em determinado recorte de tempo, quando as informações divulgadas pela FMS eram mais detalhadas, era possível saber, cruzando as baixas na UTI do HU com informações do Serviço Funerário Municipal, mas com os dados que atualmente constam no boletim oficial cabem apenas especulações.
Informe UEPG
O informe da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) sobre a Ala Covid do HU da noite deste sábado diz que o número de pacientes aumentou em relação à sexta-feira (15). Hoje são 98 leitos ocupados, dos 114 existentes. Ontem eram 96. A ala exclusiva para pacientes covid, ou suspeitos, tem 46 UTIs, 64 leitos clínicos e 4 emergenciais. Quando a pandemia chegou na cidade, eram 10 UTIs e 20 clínicos.
Nem todos os pacientes internados na Ala Covid do HU são de Ponta Grossa, mas todos são do Sistema Único de Saúde. A unidade é referência regional da doença e recebe doentes da macrorregião Leste, que incluiu Curitiba e região metropolitana, além dos Campos Gerais. A boa notícia é que amanhã (17), a Anvisa vai dizer se autoriza o uso emergencial das vacinas AstraZeneca/Oxford/Fiocruz e Cornavac/Butantan.
Vacinas
Na manhã deste sábado chegou na 3ª Regional de Saúde de Ponta Grossa insumos que serão utilizados na aplicação da vacina, como seringas e agulhas, enviados pela secretaria estadual da Saúde. Na segunda-feira (18), já informou a assessoria de imprensa da prefeitura, a prefeita Elizabeth Schmidt vai, às 9 horas, receber a parte que cabe ao munícipio.
Está tudo pronto em Ponta Grossa: pontos de vacinação e prioridades definidos. Os profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate à covid-19 serão os primeiros a serem imunizados. Depois índios em comunidades isoladas, seguidos por idosos – divididos em várias faixas etárias -, pessoas com comorbidades, etc e tal. Só falta o principal: a vacina. Que virá, quiçá em breve, seja ela qual for.