O boletim da Fundação Municipal de Saúde (FMS) registrou, nesta quarta-feira (9), recorde de casos confirmados de covid-19 em 24 horas. Foram incluídos no boletim 201 novos casos. Desde o início da pandemia, não havia sido registrado contágio superior a 150 pessoas em um único boletim. A terça-feira (9) também registrou o segundo maior número de contágios por data de diagnóstico. Foram 148 diagnósticos positivos, chegando muito perto do recorde de 25 de setembro, quando foram 152 detecções de contágio.
O município registra agora 9.922 casos confirmados, dos quais 5.690 são considerados recuperados, 4.022 estão em isolamento domiciliar, 14 em leitos de enfermaria e 11 em leitos de UTI.
Um novo óbito foi incluído no boletim, que agora informa o total de 180 mortes causados pela doença. A Ala Covid do Hospital Universitário, que atende a toda a região, tem 26 dos 30 leitos de UTI em uso e 39 dos 44 leitos clínicos ocupados. Segundo a FMS, 504 pessoas ainda aguardam resultados de testes para detecção da doença.
O evidente aumento nos contágios encontrou eco, nesse começo de semana, com as declarações do prefeito Marcelo Rangel. Em seu programa de rádio, ele destacou seu interesse em realizar convênio com o estado de São Paulo para obtenção de vacinação contra o coronavírus. Também intensificou as recomendações de cautela para a população.
Medidas
O aumento nos contágios, que agora ficou demonstrado de maneira mais clara no boletim municipal, parece contrariar algumas ações adotadas pelo município nos últimos dias. Além de autorizar, por meio de decreto, a abertura do comércio por 24 horas por tempo indeterminado, houve uma significativa mudança no sistema de divulgação de dados referentes à pandemia, que prejudica seu acompanhamento. Desde o óbito de número 179, houve retirada de informações básicas referentes aos pacientes, como data de óbito e de confirmação de contágio.
Decreto esquecido
A reportagem do Diário dos Campos e portal dcmais circulou pelas ruas da cidade, nesta quarta-feira, e observou que aumentou em muito a quantidade de pessoas circulando sem máscara, ou com uso inadequado do item. Embora exista um decreto (17.900) que obriga a utilização, a determinação se baseia no bom senso de cada um, sem fiscalização de órgãos públicos. Também há estabelecimentos comerciais que, contrariando o mesmo decreto, permitem a entrada de clientes sem a prévia aferição de temperatura. E há agências bancárias com recipientes de álcool gel vazios.