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População pode destinar R$ 50 milhões para projetos da região

Gráfico mostra montante de recursos dos impostos que deixou de ser aplicado diretamente na dos Campos Gerais

Boa parte da população não sabe, mas pode direcionar parte dos impostos que paga para projetos assistenciais, culturais e desportivos da própria região em que vive. Isso pode ser feito por pessoas físicas ou jurídicas, ao longo do ano ou no momento de declarar o Imposto de Renda.

Vantagens de destinar os impostos

Com o cidadão apontando o destino dos impostos, os recursos da arrecadação podem retornar para a região de origem. Estima-se que, para os Campos Gerais, isso significaria cerca de R$ 50 milhões ao ano.

Em Ponta Grossa, por exemplo, especialistas calculam que cerca de R$ 20 milhões poderiam ser obtidos se toda a população apontasse destino para os impostos que paga. Além disso, se valores dos impostos pagos por pessoas jurídicas (empresas) fossem somados a esse valor, o montante poderia ultrapassar os R$ 30 milhões para a cidade.

Sem direcionar recursos, os valores que poderiam beneficiar diretamente a região, acabam sendo gerenciados pelo próprio Governo Federal, e redirecionados para outras regiões do País.

Evento

Para mudar essa realidade, quatro convidados detalham o tema nesta quarta-feira (8), em Ponta Grossa. O evento “Conexões ESG – Impacto Corporativo e a Destinação de Imposto de Renda” ocorre na sede da ACIPG, às 19 horas.

O encontro, aberto ao público e destinado a pessoas físicas e jurídicas, terá quatro palestrantes: Thiago Cardoso, CFO da Tetra Pak; Demétrius de Moura Soares, delegado da Receita Federal de Ponta Grossa, e Gerson Pacheco, diretor da Câmara Brasil – Finlândia. O debate será mediado pelo professor Nelson Canabarro, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

No evento desta quarta-feira serão explicados procedimentos e benefícios, bem como apresentado o case da Tetra Pak, que destina parte do seu imposto de renda aos fundos de apoio.

Apoio a projetos

Canabarro explica que a destinação de parte do imposto não é doação, pois consiste em deixar na cidade uma parte do imposto a pagar que seria recolhido para o governo federal em Brasília. A destinação é feita aos fundos da criança e do idoso, e o contribuinte pode escolher o projeto que deseja apoiar.

“A destinação do imposto de renda é uma forma incentivada por lei para apoiar projetos e ações de entidades assistenciais, que cuidam de crianças, adolescentes e idosos, além de incentivos ao esporte, cultura entre outros”, diz o professor, que coordena o evento e é um dos autores do Projeto Destina Campos Gerais.

Segurança

O delegado da Receita Federal na região de PG, Demetrius de Moura Soares destaca que a destinação não aumenta a probabilidade de o contribuinte cair em malha fina. “É uma forma legal e segura à disposição do contribuinte – pessoa física ou jurídica – que pode destinar parte do imposto para proteção de crianças, adolescentes e idosos, a atividades culturais e desportivas”, comenta. Os percentuais variam conforme o projeto de destino, forma de destinação e se pessoa física ou jurídica. “É a possibilidade de o contribuinte exercer sua participação cidadã, em benefício de toda cidade.

Ouça abaixo o delegado Demetrius detalhando a destinação de impostos:

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