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Jovem delegada dá dicas para aprovação em concurso público

Ingrid Priotto toma posse como delegada da Polícia Civil de Minas Gerais. Foto: arquivo pessoal.

Ingrid da Silva Priotto, 30 anos, é natural de Castro, e se formou em Direito pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Ela chegou a atuar como bancária na Caixa Econômica Federal, mas decidiu deixar o cargo na instituição financeira para se dedicar à vida de concurseira. A decisão deu certo para ela: neste ano, Ingrid assumiu como delegada da Polícia Civil de Minas Gerais. Em entrevista à reportagem do Diário dos Campos e portal DCmais, ela detalhou os caminhos e decisões que levaram à sonhada aprovação, e servem como dicas para concurso público.

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Definir meta é um das dicas em concurso público

Ser delegada não era a meta de Ingrid, a princípio. Porém, após conversar com profissionais e outros candidatos de concursos, ela viu que era o cargo para a sua carreira. Como a profissional saiu do serviço e passou a se dedicar exclusivamente aos estudos, ela precisou voltar para a casa dos pais, onde encontrou seu apoio para se manter.

Ao todo, Ingrid fez oito concursos em um período de quatro anos. Em Minas, ela tomou posse como delegada. No Paraná e no Rio Grande do Norte, também está aprovada em concurso, porém em cadastro de reserva e pode ser convocada a qualquer momento.

Tenha disciplina para estudar

Em quatro anos, a hoje delegada se inscreveu para concursos em seis unidades federativas ao longo de sua trajetória: Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Paraná, São Paulo e Goiás, além de um concurso para atuar na Polícia Federal. Segundo ela, é essencial ter disciplina. “Não precisa ser um gênio para passar em concurso, precisa de muito empenho. (…) Eu só não estudava se estivesse doente ou surgisse algum imprevisto. Não estou falando que a pessoa precisa se isolar. Mas é preciso manter o equilíbrio e não deixar a vida social atrapalhar os estudos”, comenta.

Escolha métodos de estudo

Ela assinava uma plataforma de conteúdos para concursos que foi fundamental para os seus estudos. Além disso, escrevia resumos, fazia questões e sempre lia livros sobre as provas. Também adquiriu um curso especificamente para a prova oral do certame em que foi aprovada. O número de horas estudadas, no entanto, foi secundário para a delegada. “Para mim não tinha essa de ‘ah, vou estudar oito horas por dia’. Tudo depende. Você pode estudar três, quatro horas, desde que seja com qualidade”, diz.

Considere os custos

Com provas a milhares de quilômetros de distância, Ingrid não gosta nem de pensar em quanto dinheiro gastou em viagens, hospedagens e inscrições nas provas. “Esses concursos têm muitas fases e, conforme você vai passando em cada etapa, é necessário voltar para realizar as outras. Tenho certeza de que poderia ter feito mais de uma viagem para o exterior, comprado um carro, ou algo assim com todo esse dinheiro que gastei”, calcula.

As vitórias chegam

Com toda a dedicação, o resultado veio. Ingrid foi, enfim, aprovada em todas as fases. Convocada, assumiu o cargo de delegada da Polícia Civil de Minas, onde agora realiza treinamentos para atuar. No processo em que foi aprovada, foi necessário passar em seis fases durante cerca de um ano: prova objetiva de múltipla escolha; prova dissertativa; prova oral; realização de exames médicos; teste físico e teste psicológico. De 24 mil inscritos, apenas 140 para a última etapa do concurso, e Ingrid conquistou 77º lugar.

Mesmo tendo sido aprovada em mais dois concursos, um deles em sua terra natal, Ingrid, por hora, vai ficar em Minas. “A sensação de ser aprovada e chegar lá é indescritível, é muito boa, dever cumprido. É muito bom ver seus pais e sua família felizes, porque esta é uma conquista deles também”, conta.

Delegada de Polícia Civil

Ingrid também relatou à reportagem quais têm sido seus primeiros passos após se tornar servidora pública da Polícia Civil de Minas Gerais. “Ficarei pelos próximos cinco meses em Belo Horizonte para fazer o curso de formação na Academia de Polícia. Lá, irei ter aulas teóricas, aulas de tiro, entre outras. No final do curso terá uma prova final que será importante para a escolha da lotação”, descreve. Ela explica que os melhores colocados poderão escolher primeiro as cidades onde irão trabalhar conforme as vagas disponíveis.

Questionada se pretende dar continuidade à vida de concurseira, ela foi bastante clara: “Ainda é muito cedo para dizer se continuarei estudando para outros cargos. Por hora, quero me dedicar à profissão de Delegada e dar o meu melhor”, diz. Uma coisa que ela tem certeza, no entanto, é da sua coragem. “Não tenho medo dos riscos ou da violência. A responsabilidade do cargo é a principal preocupação”, conclui.

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