O frio tem intensificado as vendas e o consumo de carne suína nos Campos Gerais e em todo o país. Com a chegada dele todo mundo busca jeitos de se aquecer – e na parte da alimentação não é diferente. A queda das temperaturas impacta em vários costumes da população, incluindo a escolha de pratos – e um dos destaques do período é o aumento no consumo de carne suína, impulsionado principalmente pela procura por feijoadas e aperitivos para acompanhar um bom vinho, por exemplo.
Em Ponta Grossa o Muffato de Olarias já registra uma alta de 40% nas vendas de ingredientes para pratos quentes e de 20 a 25% na parte de queijos e vinhos – que normalmente são acompanhados de salames.
“Se for comparar com o ano passado, neste o frio chegou bem antes. Com isso, os consumidores já mudam os seus hábitos, e a loja se prepara com mais pedidos e exposições diferenciadas, já deixando tudo junto para facilitar”, conta o gerente da loja, Pedro Colasso, destacando que a feijoada é um exemplo de prato que ganha uma bancada especial no período.
Indústria
O mesmo é percebido pela indústria. A Alegra, que possui o seu frigorífico localizado em Castro, direciona a sua produção para se preparar para o aumento histórico de 20% percebido no volume de vendas da linha de defumados, salgados e embutidos noas períodos mais frios do ano.
“Como no nosso negócio temos uma planta full, que abate 3.500 suínos por dia, nós não conseguimos fazer um incremento na produção, mas direciono a planta para ter uma produtividade melhor”, ressalta o gerente comercial da Alegra, Geraldo Signorini.
“No inverno a carne suína acaba sendo o maior foco. No final do ano temos o incentivo das datas comemorativas, como o Natal, mas aí o impulsionamento não é majoritariamente apenas na carne suína, como no frio”, complementa.
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Popularização da proteína suína
Nos últimos anos a carne suína vem se popularizando cada vez mais no Brasil. A produção é crescente pelo menos desde 2010, e tem o Paraná como a terceira maior fonte do país, responsável por 19,2% dos abates do ano passado, sendo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). À sua frente, estão apenas Santa Catarina (31,56%) e Rio Grande do Sul (20,72%).
Dados da mesma entidade apontam que o consumo per capita saltou de 15,3 kg por habitantes em 2019, para 16 kg/hab no primeiro ano da pandemia e 16,7 kg/hab em 2021.