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Fazenda em Castro pretende tirar araucárias do risco de extinção

Foto: Emanoelle Wisnievski/Divulgação

Aproximadamente cinco mil mudas de araucária crescem no viveiro aos fundos do casarão histórico da Fazenda Capão Alto, em Castro. Elas têm quase três anos e a expectativa é de que aos oito já comecem a produzir pinhão.

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Dentro da fazenda de 320 anos está um dos 20 viveiros implantados no Estado pelos projetos ‘Pinheiros do Século 21’ e ‘Resgate da Árvore Símbolo do Paraná’, iniciativas privadas com apoio do Governo Estadual que têm como meta produzir até 100 mil mudas de araucária ao ano para replantar 10 milhões delas no território paranaense.

Andersen do Espírito Santo, responsável por implantar os projetos na Fazenda, conta que, para salvar a araucária do risco de extinção, as iniciativas transformam o plantio, a colheita e o corte da madeira em uma atividade rentável, com regras adequadas.

“Basicamente, as iniciativas permitem que pinheiros de ciclo precoce plantados e registrados no órgão ambiental possam ser explorados comercialmente”, detalha.

Melhoramento genético

Isso é possível graças ao trabalho de cientistas da Universidade Federal do Paraná, liderados pelos pesquisadores Flávio Zanette e Ivar Wendling, com apoio da Embrapa, que realizaram nas últimas quatro décadas um avanço no melhoramento genético da araucária. Através da técnica da enxertia, os professores clonaram pinheiros com DNA excepcional, capazes de produzir pinhas maiores, em maior quantidade e mais cedo.

Para Koob Petter, diretor do Grupo Koelpe, que administra a fazenda tombada pelo Patrimônio Histórico do Paraná, a implantação do viveiro é uma oportunidade de garantir que a fazenda se torne autossustentável, com a venda das mudas.

Enxertia acelera processo

Enquanto um pinheiro comum começa a produzir pinhões aos 20 anos de idade e gera de 25 a 30 pinhas de três quilos cada por ano, os pinheiros clonados começam a produzir aos oito anos e são superprodutivos aos 13, segundo os pesquisadores da UFPR que desenvolveram a técnica. Na maturidade, produzem 300 pinhas ou mais com peso médio superior a três quilos e se mantêm produtivos por até 200 anos. Algumas dessas árvores chegam a produzir 500 pinhas por ano e outras produzem pinhas que chegam a pesar seis quilos.

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