em

Vestindo preto, secretária leva frase de Paulo Freire em camiseta

A secretária municipal de Educação, Esméria de Lourdes Saveli, chamou a atenção de quem acompanhou o desfile cívico de Independência, realizado em Ponta Grossa no sábado (7), ao usar roupas pretas durante o evento. Coincidência ou não, o que chamou a atenção é pelo fato do presidente Jair Bolsonaro (PSL) ter convidado às pessoas para sair às ruas de verde e amarelo nesta data. Em protesto, diversos grupos oposicionistas ao governo federal rebateram com o apelo para que as pessoas vestissem preto. 
Na camiseta da secretária havia estampada uma frase do educador Paulo Freire, em que era possível ler 'Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo'. Em Ponta Grossa, o educador está sendo homenageado no VII Congresso de Educação e a Feira do Livro, que vai até o dia 15. A edição deste ano foi intitulada Ponta Grossa Narra – A história do menino que lia o mundo: Gestão democrática e Justiça social, título que faz referência e homenagem a Paulo Freire. A participação de Esméria gerou bastante comentários, especialmente nas redes sociais, entre pessoas que criticaram a cor escolhida e de pessoas que saíram em defesa de Esméria. 

A  orientação das práticas pedagógicas de Freire, no entando, tem sido criticadas pelo presidente Jair Bolsonaro. Há alguns meses, em entrevista, o presidente chegou a afirmar que mudaria o patrono da Educação brasileira, título concedido a Paulo Freire , que morreu em 1997. Em seu plano de governo, Bolsonaro afirmou ainda que iria "expurgar a filosofia freiriana das escolas".
Por conta de ser tema do congresso, durante o desfile foram exibidos cartazes com imagens e frases em referência a Freire, por profissionais e estudantes. Demais profissionais vestiram roupas de cores variadas, incluindo calça preta e camisa branca; calça azul, camisa branca e blazer vermelho, entre outras.  

Congresso 

Em 2017 a Secretaria Municipal de Educação adotou para o Congresso o nome “Ponta Grossa Narra”, trazendo ao público o conceito de uma cidade que lê o mundo ao seu modo, escreve e constrói sua própria história, incentivando também a formação de leitores durante a Feira do Livro. Neste ano, Ponta Grossa narra “A história do menino que lia o mundo” – representado pelo educador Paulo Freire. O educador teve popularizada essa alcunha a partir da obra de seu biógrafo, o escritor Carlos Rodrigues Brandão. À luz da obra de Paulo Freire, principal base metodológica para o Ensino em Tempo Integral no município, a cidade e os convidados discutem o tema “Gestão Democrática e Justiça Social”. Além disso, Freire foi transformado no personagem que ilustra as peças de divulgação do evento e está presente em cartazes, outdoors e outros locais.
 

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.