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Vendas de novos cotas crescem 10,7% e atingem 1 milhão de adesões

O Sistema de Consórcios atingiu 1,01 milhão de adesões nos cinco primeiros meses deste ano. Quando comparadas de janeiro a maio de 2017, ocasião em que somou 912,5 mil, houve avanço de 10,7%, dados que comprovam o crescente interesse do consumidor pela modalidade. É mais uma vez o maior volume quando cotejado aos acumulados no mesmo período desde 2014. Somente em maio, houve entrada de 220 mil novos consorciados, recorde do ano.

Os créditos comercializados, decorrentes das novas vendas, aumentaram 9,1% chegando a R$ 39,61 bilhões (jan-mai/2018) sobre os R$ 36,30 bilhões (jan-mai/2017) anteriores. O tíquete médio em maio foi de R$ 41,5 mil, 2% maior que os R$ 40,7 mil registrados naquele mês no ano passado.

Com 104 dias úteis de janeiro a maio, um a mais que os 103 trabalhados há um ano, a média diária das adesões alcançou 9,7 mil, 9% maior que as anteriores 8,9 mil. No quinto mês deste ano, quando foram comercializadas 10 mil cotas/dia, a alta foi de 19% sobre as 8,4 mil/dia em relação ao mesmo mês do ano passado.

Em maio, o total de participantes ativos somou 7,01 milhões, 1,2% maior que os 6,93 milhões daquele mês em 2017. O crescimento tem sido constante nos últimos oito meses: enquanto em outubro último eram 6,86 milhões, atualmente são 7,01 milhões, 2,2% mais.

A somatória das contemplações apontou baixa de 1,3%. O acumulado deste ano foi de 496,5 mil (jan-mai/2018), abaixo das 503 mil (jan-mai/2017) anteriores. Os créditos concedidos, que podem ter sido injetados na economia a partir das contemplações, anotaram aumento de 4,7%. No ano passado, foram contabilizados R$ 16 bilhões (jan-mai/2017) e neste ano ficaram pouco acima dos R$ 16,75 bilhões, confirmando a forte participação dos consórcios no incremento dos diversos elos da cadeia produtiva.

Na contramão da economia, consórcio seguiu avançando em maio

No quinto mês do ano, o desempenho da economia sofreu prejuízos com a paralisação do transporte rodoviário de carga que provocou retrações em vários segmentos, gerando, inclusive, revisão na expectativa do crescimento anual do PIB.

Depois de quatro meses de tentativa de recuperação, o setor industrial mostrou desaquecimento das atividades em maio, com queda de 10,9% frente a abril, segundo o IBGE. Em paralelo, o Indicador Movimento do Comércio, que acompanha a performance das vendas no varejo em todo o Brasil, também apresentou retração. Apesar de enfrentar as mesmas dificuldades internas, o agronegócio registrou alta nos embarques das exportações, contudo sem possibilitar equilíbrio no desempenho geral da economia.

O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), da Fundação Getúlio Vargas, subiu 10,1 pontos entre maio e junho de 2018, para 125,1 pontos, maior nível desde janeiro de 2017 (125,4 pontos). Com o resultado, o indicador manteve-se na região de incerteza elevada (acima de 110 pontos) pelo quarto mês consecutivo.

“Na contramão da economia, o Sistema de Consórcios, que também sentiu os efeitos da greve, principalmente em dias úteis trabalhados, conquistou bons resultados como o novo recorde mensal de vendas, com 220 mil adesões em maio, sinalizando a busca de informações e o conhecimento dos consumidores sobre educação financeira, que se transforma em adesões para aquisição de bens ou contratação de serviços”, diz Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios.

Ao considerar que a modalidade tem características próprias para quem planeja o futuro, como, por exemplo, prazos longos, custo mais baixo, prestações que cabem no orçamento mensal, ampla liberdade e flexibilidade no momento da contemplação, de acordo com as regras indicadas em contrato, Rossi adianta a importância do Sistema para a recuperação da economia do país. “Os valores relativos às contemplações nos diversos setores colaboraram potencial e diretamente para a sequência das atividades dos diversos elos da cadeia produtiva: indústria, comércio e prestação de serviços”, destaca. “De janeiro até maio, foram quase R$ 17 bilhões disponibilizados para a economia brasileira”, complementa.

É importante relembrar que este ano é atípico face à realização da copa do mundo de futebol e às eleições, além de continuar apresentando turbulências políticas, setoriais, como a recente greve dos caminhoneiros, e cambiais, provocadas pelas oscilações no mercado externo. Rossi lembra que apesar desse cenário “o consumidor tem evidenciado maior noção sobre como administrar suas finanças pessoais ao buscar o consórcio como forma de poupar com objetivo definido, bem como investir em bens que resultem na formação ou ampliação de patrimônio ou ainda em contratar serviços que expandam a qualidade de vida pessoal ou familiar”.

Como forma de contribuir para a cidadania financeira, de acordo com as características incentivadas pelo Banco Central em sua agenda BC+, a ABAC disponibiliza em seu site – www.abac.org.br – a cartilha “NA CORDA BAMBA – COMO A EDUCAÇÃO FINANCEIRA PODE MELHORAR SUA VIDA, “uma publicação digital e didática voltada àqueles que planejam o orçamento mensal com responsabilidade optando, em diversas ocasiões, pelo consórcio para concretização de objetivos”, finaliza Rossi.

Pesquisa mostra critérios adotados para adesão

Em recente pesquisa feita pela QuorumBrasil, a pedido da ABAC, os consorciados, questionados sobre as razões que os levaram a escolher o mecanismo com o objetivo de adquirir bens ou contratar serviços, citaram como principal atrativo a garantia de entrega do bem com 17,4%, seguido do valor da parcela, com 14,4%, confirmando a preocupação do consumidor com o recebimento do bem, após a contemplação, e a adequação da responsabilidade de pagamento com o orçamento mensal.

Na sequência, foram apontados outros aspectos do critério para adesão, ficando a taxa de administração ou custo do consórcio em penúltimo lugar com 5,7%, ratificando não se tratar de item decisivo para participar do Sistema de Consórcios.

Resumo geral e setoral das vendas de novas cotas

Janeiro a maio de 2018 x 2017

Os resultados setoriais e global das vendas de novas cotas nos cinco primeiros meses do ano apontaram a crescente adesão do consumidor ao consórcio, tanto para aquisição de bens imóveis ou móveis duráveis como na contratação de serviços com diversas finalidades.

As performances setoriais apontaram 467 mil novas cotas vendidas de veículos leves, 390,75 mil de motocicletas, 99 mil de imóveis, 22,4 mil de veículos pesados, 17,9 mil de serviços e 10,95 mil de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, acumulando 1,01 milhão de adesões.

Esses volumes geraram crescimento em todos os setores: serviços (62,7%), eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis (54,2%), veículos pesados (20,1%), motocicletas (11,5%), veículos leves (8,5%) e imóveis (4,6%). Com o crescimento em leves, pesados e motos, o segmento de automotores apresentou evolução de 10,1%.

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