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Varejo paranaense se recupera no mês de julho

As vendas do varejo no Paraná apresentaram melhora significativa no mês de julho em relação a junho, com crescimento de 12,32%. O mês marcou o retorno ao padrão de vendas, especialmente a partir da segunda quinzena, com o término da Copa do Mundo. Os dados são da Pesquisa Conjuntural, realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio PR).

No entanto, em comparação a julho de 2013 a variação foi pequena, com acréscimo de 2,4%. No acumulado do ano, o comércio cresceu apenas 1,48% sobre o mesmo período do ano passado.

Durante este ano, uma série de fatores restritivos atuaram de forma a conter a demanda e, por conseguinte, as vendas do varejo. Dentre estes fatores cabe mencionar a baixa no desempenho do PIB industrial, queda acentuada no mercado automotivo, alta nas taxas de juros, menor velocidade do crescimento do consumo das famílias e os recessos da Copa do Mundo, que levaram ao adiamento do calendário de gastos habituais e reduziram o funcionamento da indústria e do comércio.

Em relação a junho, os setores que apresentaram os maiores faturamentos foram os de combustíveis (24,42%), óticas, cine-foto-som (22,98%), autopeças (20,84%), materiais de construção (14,34%) e móveis, decoração e utilidades domésticas (11,48%). No acumulado do ano, as maiores altas foram apresentadas pelas empresas de combustíveis (14,22%), óticas, cine-foto-som (9,11%) e farmácias (5,64%).

Por outro lado, os menores crescimentos percentuais de vendas no Paraná em julho ante a junho foram observados pelas lojas de calçados (-12,23%), vestuário e tecidos (-11,70%) e lojas de departamentos (-1,80%). No acumulado do ano, em comparação ao mesmo período de 2013, os piores resultados ficaram com as concessionárias de veículos (-12,34%), vestuário e tecidos (-5,2%) e autopeças (-3,07%).

Dados regionais

Entre os polos pesquisados pela Fecomércio PR, a região Sudoeste obteve o maior crescimento nas vendas de julho em comparação ao mês anterior, com alta de 25%. Na sequência estão Curitiba e Região Metropolitana (15,31%), região Oeste (11,22%), Londrina (8,46%), Ponta Grossa (5,92%) e Maringá (1,49%).

Apesar do aumento nas vendas, em muitos polos as variações foram negativas em relação a julho de 2013. É o caso de Ponta Grossa (-6,13%), Sudoeste (-5,74%), Maringá (-1,29%) e Londrina (-0,47%). Apenas Curitiba e Região Metropolitana e a região Oeste apresentaram o indicador positivo, com elevação de 4,29% e 1,26%, respectivamente.

No período de janeiro a julho, muitas regiões mostraram retração em relação a 2013, a exemplo do Sudoeste (-9,13%), Londrina (-2,70) e Ponta Grossa (-2,26%). O comércio de Maringá permaneceu estável, com leve aumento de 0,10%, enquanto as vendas do varejo cresceram 3% em Curitiba e Região Metropolitana e 3,93% na região Oeste.

Análise

As vendas de janeiro-julho são, tradicionalmente, menores do que as de agosto-dezembro. No entanto, em 2014, as vendas dos sete primeiros meses caíram ainda mais, atingindo um limite crítico, principalmente considerando-se as expectativas dos empresários do varejo do Paraná.

Uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que a demanda sazonal por emprego no comércio varejista deverá levar o setor a oferecer 138,7 mil vagas de final de ano em 2014, número que corresponde a uma expansão de 0,8% em relação às vagas temporárias criadas para o Natal do ano passado.

De acordo com a Fecomércio PR, a expectativa é que, para o Natal, haja uma pequena expansão na oferta de postos de trabalho no comércio do Paraná. Porém, em níveis muito abaixo dos patamares dos últimos três anos, mesmo porque a economia não permite otimismo por parte dos empresários, que não investirão tanto em estoque nem em contratação temporária. Ainda não há condições de estimar se haverá um crescimento real, descontada a inflação, do comércio paranaense no fim do ano.

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