A partir de segunda-feira (27) passa a valer o decreto que torna obrigatório o uso de máscaras pela população ponta-grossense. Inicialmente a determinação tem caráter pedagógico e educativo, sem sanção direta por se tratar de medida preventiva e protetiva em face dos riscos inerentes à Covid-19. Porém, o uso e a aquisição desses materiais já se iniciaram no mês passado, o que se mostrou uma oportunidade de negócios e geração de renda para profissionais com conhecimento em costura.
Um exemplo disso é a costureira Isis Ziemer. Normalmente, o principal foco da profissional são vestidos infantis, especialmente voltados a festas; mas, sem a realização de festas, ela viu na produção de máscaras uma alternativa de renda. “Comecei fazendo máscaras com as mulheres do Mãos Solidárias e paralelamente algumas para venda. Desde o final de março já vendi mais de 500”, contou ela à reportagem do DC.
Em escala maior, no início do mês um grupo de empresários do varejo ponta-grossense lançou o projeto “Renda Solidária”, no qual contrata costureiras para produzir máscaras a ser utilizadas por clientes e funcionários dos estabelecimentos. Segundo Márcio Pauliki, um dos coordenadores do projeto, aproximadamente noventa famílias estão integrando o quadro de confecções.
“Já fizemos mais de 50 mil máscaras e devemos chegar a 100 mil no final do mês e mais 100 mil em maio. Nesta segunda-feira (27) também faremos a primeira doação, que ainda será definida”, afirmou Pauliki ao DC. Mais informações sobre como participar das próximas etapas do projeto podem ser obtidas via WhatsApp, pelo número (42) 99812-2891.
Farmácias
A reportagem do Diário dos Campos entrou em contato com quatro das maiores redes de farmácias de Ponta Grossa questionando a disponibilidade de máscaras. Entre elas, apenas uma não possui estoque; as outras três estão vendendo tanto pela central de televendas quanto em algumas unidades físicas, variando entre máscaras descartáveis e laváveis.
Após sentir incômodo na orelha com o uso ininterrupto da máscara, a costureira Isis Ziemer começou a produzir um modelo diferenciado, que consiste em um conjunto de máscara e uma faixa no cabelo com botões, que não utiliza a orelha como suporte do elástico (Foto: José Aldinan)