Em entrevista ao Diário dos Campos, o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, ressalta os investimentos realizados pela pasta em 2017 e os avanços registrados nos últimos dez anos na área. Integram a secretaria as sete universidades estaduais – de Ponta Grossa (UEPG), de Londrina (UEL), de Maringá (UEM), do Oeste do Paraná (Unioeste), do Centro-Oeste (Unicentro), Universidade Estadual do Paraná (Unespar) e Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp), além do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) e Fundação Araucária.
Ele ressalta que a UEPG avançou muito nos últimos anos, com melhoria da infraestrutura e aumento do número de cursos de pós-graduação. Atualmente a universidade conta com cerca de 8,5 mil alunos na graduação e outros mil em cursos de mestrado e doutorado.
Filiado ao PSDB, Gomes também nutre o desejo de ser candidato a deputado estadual na próxima eleição.
Confira a entrevista do secretário ao DC.
Balanço
“2017 foi um dos melhores anos para a Secretaria. Conseguimos utilizar 100% do nosso orçamento, tanto da Secretaria como do Fundo Paraná. A Secretaria teve orçamento inicial de aproximadamente R$ 2,8 bilhões, mas no final, se considerarmos os hospitais das universidades, chegamos a R$ 3,2 bilhões investidos, o que significa melhoria na infraestrutura e na qualidade de ensino.
A Fundação Araucária investiu R$ 50 milhões neste ano em projetos. Em 2017 foram disponibilizadas pela Fundação aproximadamente três mil bolsas de estudo. Temos ainda os programas Bom Negócio Paraná – de apoio aos micro e pequenos empresários – certificação de alimentos orgânicos, programa Paraná Fala Inglês e para o próximo ano o projeto Rondon vai envolver 40 cidades em operação regional. Criamos três governanças – a de Tecnologia da Informação e Comunicação, a Rede Agro, e Parque Tecnológico Virtual, todas envolvendo governo e setor produtivo.
Universidades
"Do quadro de professores das universidades estaduais, mais de 90% possuem formação em mestrado ou doutorado, sendo que 58% dos professores já tem doutorado. São 7,8 mil professores em 360 cursos das universidade estaduais e mais 9,5 mil funcionários. Ao ano, 12 mil alunos concluem a graduação. Das sete universidades, cinco estão consolidadas – UEM, UEL, UEPG, Unioeste e Unicentro – e integram o ranking entre as 50 melhores do país. As cinco também têm nota 4 ou 5 na avaliação do MEC [Ministério da Educação]. E, recentemente a UEPG passou a integrar ranking internacional entre mil melhores universidades dos países em desenvolvimento”.
UEPG
“Há uma década eram dez cursos de pós-graduação e hoje são 35 – sendo 25 cursos de mestrado e dez de doutorado. O orçamento da UEPG em 2010 era de R$ 130 milhões, aumentando para R$ 350 milhões em 2017, dos quais R$ 70 milhões foram destinados ao Hospital Universitário Regional. Em 2016, o orçamento destinado ao Hospital Universitário era R$ 35 milhões e em 2017 foi de R$ 70 milhões, um acréscimo de 100%. Dos 180 leitos, 165 estão em funcionamento pleno. Isso significa que além da formação acadêmica, também tivemos a melhoria da atenção à saúde em Ponta Grossa e região.
A UEPG conta com cerca de 8,5 mil alunos na graduação e outros mil em cursos de mestrado e doutorado. Do governo do Estado, em 2017 a universidade recebeu cerca de R$ 10 milhões em obras, reformas, compra de equipamentos e veículos. E, em fevereiro devemos inaugurar a nova biblioteca, que recebeu investimentos de R$ 9 milhões em obras e equipamentos.
Além disso, para 2018, cerca de R$ 32 milhões serão investidos pelo Ministério da Saúde na UEPG, para implantação de um campus da Tecpar, que terá fábrica completa para a produção de medicamentos sintéticos usados no tratamento de câncer”.
Eleições 2018
“Gostaria muito de participar da próxima eleição como candidato a deputado estadual, mas depende da decisão e articulação do PSDB. Fui três anos gestor da UEPG, também fui secretário de Educação e Planejamento de Ponta Grossa e nos últimos cinco anos estive à frente da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Acredito que a experiência nas funções técnicas e políticas me oportunizaram a conhecer o Estado e, se for eleito, vou poder dar grande contribuição em atividades voltadas à educação, inovação e empreendedorismo”.
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