Dez prefeitos da região, incluindo o presidente da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) e prefeito de Ventania, Ocimar Camargo (PMDB), estão em Brasília (DF), onde participam da XV Marcha dos Prefeitos. Ontem, durante a abertura do evento, a presidenta Dilma Rousseff (PT), discursou e chegou a ser vaiada ao se manifestar sobre a redistribuição dos royalties do petróleo. Levantamento divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), organizadora da Marcha, indica que as prefeituras paranaenses têm R$ 1,058 bilhão a receber da União em restos a pagar. Dos 27 estados brasileiros, o Paraná ocupa a 9ª posição em volume de dívidas do governo federal com os municípios. Em todas as 5,5 mil prefeituras do País, a dívida total chega a R$ 24,62 bilhões.
O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, coordenador da marcha, destacou que as dificuldades financeiras enfrentadas pelos prefeitos, neste ano de final de mandato, poderão fazer com que cerca de três mil chefes de Executivos municipais sejam enquadrados como fichas-sujas. A maior parte das prefeituras está em grave crise financeira e estimamos que um contingente de até três mil prefeitos podem ter suas contas rejeitadas, em especial, pelo descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal [LRF], adverte.
O presidente da AMCG também se mostrou preocupado e ao mesmo tempo esperançoso em relação às reivindicações dos prefeitos. Ocimar ilustra que em Ventania uma obra que teve a última medição em agosto do ano passado ainda não teve o repasse de recursos efetivado. Nós aproveitamos a presença da presidente para apresentarmos nossas reivindicações e também estivemos reunidos com a assessoria da ministra-chefe da Casa Civil [Gleisi Hoffmann], na expectativa de que ao menos partes destes restos a pagar possam ser liberados, enfatiza, destacando que a AMCG deverá ter audiência com Gleisi em junho. Mais informações na edição impressa do DC desta quarta-feira.