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UEPG promove alterações no regime de cotas

Conselho Universitário optou por aumentar vagas para estudantes oriundos de escolas públicas e extinguir cotas para negros. Sistema de cotas foi implementado na universidade em 2006

Arquivo DC
Cotas serão para estudantes oriundos de escolas públicas do ensino fundamental ao médio. Cotas para negros foram extintas

 


Legenda:

Olho: “A universidade segue mantendo políticas afirmativas e nós não estamos começando do zero”

 

Luana Souza com Assessorias

 

Em reunião da última segunda-feira, o Conselho Universitário da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), em sessão na Sala dos Conselhos (Bloco da Reitoria/Campus Uvaranas) decidiu por mudanças na política cotas para ingresso nos cursos de graduação da instituição, a partir de 2015. Assim, os concursos vestibulares de 2014 (ingresso em 2015) terão reserva de vagas apenas para estudantes que tenham cursado o ensino fundamental e médio, integralmente, na escola pública. Deixa de existir a cota para negros oriundos da rede pública de ensino.

 

“A UEPG foi a pioneira a trabalhar com o sistema de cotas no Paraná e desde 2006 o conselho vem inovando, atendendo todos os anseios. A universidade está indo para o nono ano com o sistema de cotas. Além disso, nós temos o nosso Processo Seletivo Seriado (PSS) que também oferta esse sistema, também oferecemos cotas para indígenas. A universidade segue mantendo políticas afirmativas e nós não estamos começando do zero”, explica o reitor Carlos Luciano Sant’Ana Vargas.

 

A pró-reitora de Graduação, Graciete Tozetto Góes, relatora da matéria na sessão do Conselho Universitário, lembra que o regime de cotas foi implementado com prazo de validade de oito anos (2014), ao final do qual o sistema seria avaliado, decidindo-se pela sua continuidade ou não.

 

Segundo ela, visando evitar a descontinuidade das políticas de cotas, neste ano, a partir de junho, a UEPG realizou seminários abertos à participação da comunidade universitária e externa, para debater o tema.

 

A proposta elaborada pela comissão, encaminhada à Pró-Reitoria de Graduação, e posteriormente levada ao Conselho Universitário, contemplava as seguintes alternativas: manter a política de cotas na UEPG por mais oito anos; manter cotas para estudantes oriundos de escola pública – exigindo que o candidato tenha realizado todo ensino fundamental e todo o ensino médio em escola pública da esfera municipal, estadual ou federal; e manter a cota para estudante negro oriundo de escola pública – que tenha realizado todo ensino fundamental e todo o ensino médio em escola pública da esfera municipal, estadual ou federal.

 

No encaminhamento dos trabalhos, o CEPE apresentou proposta na qual se extinguiria a cota para negros oriundos de escola pública, estipulando-se percentual de 50% das vagas para sistema de cotas da escola pública e 50% de vagas para o sistema universal, com redução de 5% ao ano no percentual de vagas para o sistema de cotas, até um piso de 35%.

 

Por fim, o Conselho Universitário aprovou a manutenção da política de cotas, saindo vencedora a proposta do CEPE, com percentual de 50% das vagas para cada uma das cotas (escola pública e universal), com um redutor de 5% ao ano, no percentual da cota da escola pública, até o limite de 35%. A referida política terá duração de oito anos, com revisão de percentuais ao final do quarto ano.

 

“Ao final desses primeiros oito anos de implantação, verificou-se que, efetivamente, ocorreu a ampliação do acesso de estudantes da escola pública na universidade. Entendemos que a manutenção da política de cotas é importante e necessária, ainda que, com as mudanças recentemente aprovadas”, afirma Graciete.

 

Sinduepg

 

Em nota, o Sindicato dos Docentes da UEPG informou que é contra a decisão da universidade de extinguir as cotas para negros. Uma assembleia dos estudantes está marcada para este sábado em frente à reitoria.

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