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Tetra Pak e Fiep se manifestam em defesa do Distrito Industrial de Ponta Grossa

A Tetra Pak – uma das maiores indústrias de Ponta Grossa – e a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) se manifestaram, nesta semana, pela revogação da lei municipal 13.726/20, que altera de zona industrial para zona residencial (ZR-2) áreas situadas no Horto Florestal do Cará-Cará, próximo ao Distrito Industrial e Aeroporto Sant’Ana, quer seriam destinadas à construção de um loteamento com mais de mil unidades.

Em ofício encaminhado ao prefeito Marcelo Rangel (PSDB); ao presidente da Câmara de Vereadores, Daniel Milla (PSD); ao vereador e presidente da comissão do Plano Diretor na Câmara, Pietro Arnaud (PSB); e ao vereador relator da comissão do Plano Diretor, Rudolf Polaco, a Fiep aponta que “acompanha com preocupação notícia da instalação de um condomínio residencial na área do Distrito Industrial de Ponta Grossa”.

“Esta medida é extremamente prejudicial ao setor produtivo industrial, pois o próprio estudo técnico realizado para implantação do novo Plano Diretor enquadrou as áreas como ‘área de amortecimento e segurança para o entorno’, pela criticidade dos riscos avaliados em razão das indústrias ali instaladas e pelo grau individual e coletivo desses riscos”, afirma o presidente do Sistema Fiep, Carlos Valter Martins Pedro.

O presidente da Fiep cita ainda exemplos de indústrias que enfrentam prejuízos causados pelo conflito com a população que se instala, ainda que posteriormente, próximo das áreas industriais. Entre os problemas, a Fiep destaca inclusive a região do Jardim Los Angeles, de Ponta Grossa, “que originalmente estava destacado para ser área industrial, mas que por ausência de um Plano Diretor que resguardasse a natureza originária de tal área, permitiu a aproximação de residências, que hoje vivem em constante conflito com as indústrias ali instaladas”.

A Fiep ressalta que a mudança de área industrial para residencial prejudicará as atividades desenvolvidas pelas indústrias e o desenvolvimento sustentável da região.

Em ofício encaminhado ao Núcleo das Indústrias, a Tetra Pak também manifestou apoio à reivindicação das entidades do setor industrial para a revogação da lei, destacando que “qualquer mudança de área industrial para residencial deve ser debatida com toda a sociedade e seus riscos e impactos avaliados previamente com todas as cautelas necessárias, vez que tal mudança poderá eventualmente trazer consequências irreparáveis para as empresas localizadas próximo ao terreno”, aponta Paulo André Lemos, gerente de controladoria da empresa.

Situação

Lideranças do setor industrial temem que a transformação da área em zona residencial possa afetar o desenvolvimento do Distrito Industrial Cyro Martins, bem como a ampliação do Aeroporto Sant’Ana. Em meio à manifestação de entidades do setor industrial, a Prefeitura de Ponta Grossa informou, nesta semana, que não vai revogar a lei publicada no início de junho, mas promete apresentar projeto de lei que proteja o aeroporto. Uma ação popular ajuizada na segunda-feira (29), pelo vereador Pietro Arnaud (PSB), por sua vez, contesta a legalidade da lei. 

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