A Stora Enso anunciou investimento de 32 milhões de euros (US$ 43 milhões) em uma fábrica de demonstração e desenvolvimento de mercado a ser construída em Raceland, Louisiana, Estados Unidos. A unidade vai ser usada para validação industrial da nova tecnologia desenvolvida pela Virdia, empresa adquirida este ano, para extração e separação dos componentes de materiais celulósicos, como madeira e resíduos agrícolas, para obter açúcares especiais, altamente refinados. O investimento identificará a viabilidade da tecnologia em escala industrial no futuro, para possível aplicação em unidades de produção de celulose da Stora Enso já existentes.
A fábrica de Raceland será construída próxima a plantações de cana de açúcar e usará o bagaço como matéria prima para produzir xilose a partir da hemicelulose contida no material. A xilose vai ser posteriormente transformada em outras matérias primas para uso no setor alimentício, cosmético, farmacêutico, etc.
O investimento marca um passo adiante na nossa estratégia de buscar novos mercados e aplicações para produtos florestais e outras biomassas, validando a tecnologia desenvolvida pela Virdia. Nosso foco é desenvolver e comercializar soluções sustentáveis que sejam efetivas e, ao mesmo tempo, adicionar valor a nossas atuais produções de celulose. Hoje em dia usamos 50% da madeira para produzir celulose e queimamos o restante para gerar energia. Queremos aproveitar também a lignina e a hemicelulose para produtos de valor agregado, diz Juan Carlos Bueno, vice-presidente executivo da Stora Enso Biomaterials.
A fábrica está prevista para operar em 2017, com capacidade para produzir 7 mil toneladas de xilose e, provavelmente, xilitol para a indústria de gomas de mascar e cremes dentais.