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STF autoriza investigação de Ministro e Bolsonaro o defende em vídeo

Cármen Lúcia também autorizou oitiva dos citados e de cinco prefeitos

Foto: EBC

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia autorizou na noite de ontem (24) a abertura de inquérito para investigação do ministro da Educação, Milton Ribeiro, acerca de um suposto favorecimento para a liberação de verbas.

No mesmo dia, o presidente Jair Bolsonaro defendeu Ribeiro durante sua live semanal nas redes sociais.

“[Sobre] o Milton, coisa rara eu falar aqui: eu boto minha cara toda no fogo pelo Milton. Estão fazendo uma covardia com ele. Se ele estivesse armando, não teria botado na agenda oficial aberta ao público. É muito simples: quando o cara quer armar, ele vai pelado na piscina, num fim de mundo, na beira da praia. Ele não bota o nome do corruptor na agenda”

disse Bolsonaro, em sua live semanal

Na quarta-feira (23) o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao STF a abertura da investigação do ministro após a publicação de matérias na imprensa sobre suposto favorecimento na liberação de recursos para prefeituras de municípios por meio da intermediação de dois pastores. Ambos também são alvo do inquérito. Saiba mais sobre isso neste link.

Na decisão, a ministra também autorizou a oitiva dos citados e de cinco prefeitos.

Em nota divulgada à imprensa , Milton Ribeiro disse não haver nenhum tipo de favorecimento na distribuição de verbas da pasta. Segundo o ministro, a alocação de recursos federais segue a legislação orçamentária. “Não há nenhuma possibilidade de o ministro determinar alocação de recursos para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou estado”, disse o ministro na nota.

Mais cedo, a Procuradoria da República no Distrito Federal decidiu a apurar o caso na esfera cível. Ontem, o Tribunal de Contas de União (TCU) decidiu que vai realizar uma fiscalização extraordinária no Ministério da Educação.

Ação de improbidade

Durante a live, Bolsonaro também comentou o envio, por parte do Ministério Público Federal (MPF) à Justiça Federal, de uma ação de improbidade administrativa contra o presidente e a ex-secretária parlamentar da Câmara dos Deputados Walderice Santos da Conceição. 

A ação, que pede também o ressarcimento de recursos públicos, é relativa ao período em que Bolsonaro atuou como deputado federal. Segundo o MPF, Walderice, conhecida como Wal do Açaí, não esteve em Brasília durante o período e não exerceu função relacionada ao cargo. A ação cita ainda movimentação atípica na conta bancária da ex-secretária, com saques em espécie de mais de 80% da remuneração. 

“Ela nunca esteve em Brasília. Estou confessando aqui”, disse o presidente. Segundo ele, é prática comum os parlamentares distribuírem os assessores do mandato entre o gabinete em Brasília e o estado de origem.

Confira o vídeo completo:

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