Divulgação
Dirney Cruz de Souza: empresas devem começar a analisar sua base de dados
Como toda novidade, a implantação do eSocial tem gerado muitas dúvidas. No entanto, diferentemente do que tem sido divulgado, o maior desafio para que o projeto saia do papel não está em sua parte fiscal e nem no cronograma para adaptação, e sim na necessidade de que as empresas se planejem e organizem suas informações com rigor.
O cronograma negociado e apresentado pelo Ministério do Trabalho este ano para implantação do eSocial se mostrou viável, pois somente após a liberação do layout final é que serão contados os 365 dias para o início da obrigatoriedade.
O primeiro passo já foi dado pelo Ministério do Trabalho que começou em outubro a exigir o Caged de admissões para ser informado imediatamente, evitando assim o chamado jeitinho em registros retroativos e o uso indevido do seguro desemprego. Neste momento, é importante que as empresas e seus contadores comecem a análise da sua base de dados. A adequação dos processos e o planejamento da implantação podem começar já. Quanto antes iniciar mais tranquilo e barato será, afirma o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços dos Campos Gerais (Sescap), Dirney Cruz de Souza.
O eSocial não cria nenhuma nova obrigação fiscal. Pelo contrário, a medida do governo federal vem para reduzir a burocracia imposta às empresas brasileiras e consequentemente melhorar o ambiente de negócios do país. Hoje as companhias têm que prestar diversas informações de forma descentralizada a vários órgãos, como a Receita Federal, Caixa Econômica, Previdência Social, entre outros. E a proposta do eSocial é justamente unificar todos esses dados, permitindo às empresas a redução de seus custos, evitando a redundância das informações fiscais, e ao governo ter um melhor controle das informações das relações de trabalho e emprego bem como das contribuições sociais.