Os lojistas do ramo de materiais de construção estão otimistas com as vendas até o final do ano. As lojas representam o terceiro maior segmento do varejo ampliado. Segundo o Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR), a categoria estima um aumento de 2,21% em novembro, em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo associações do segmento, este ano, o varejo de material de construção apresentou uma alta de 7%, até o momento, e estima fechar o ano com 9%, no total. Um dos pontos que contribuem para esse resultado é o déficit do mercado imobiliário, que não se recuperou completamente após a última crise.
Em Ponta Grossa, o gerente de umas unidades da loja Base Forte, Marcos de Andrade, explica que o local registrou uma baixa de clientes, mas acredita que isso se deve a alguns fatores. “As pessoas tem prioridades de gastos e por vezes, os materiais não entram nessa lista. A constante chuva também atrapalha a venda de produtos, já que os funcionários das construções também diminuem o ritmo de trabalho nesse período”, conta.
As lojas também têm apostado em promoções e feirões de queima de estoque para atrair os clientes e alavancar as vendas. Eliane Souza está reformando a casa e foi comprar revestimentos, pisos e outros materiais. “Eu pesquisei em várias lojas tudo que eu precisava para a reforma. Os preços estão parecidos. Mas eu dou prioridade para a qualidade do que vou levar, para não ter problemas depois”, esclarece.
Andrade ressalta que o setor de pisos, revestimentos e porcelanatos é o que se mantêm estável nas vendas. Já os produtos que fazem parte da linha casa, que são decorativos, têm registro queda de vendas. “As pessoas acabam deixando de levar o que elas não consideram essenciais naquele momento. O cliente o compra com o orçamento que tem disponível, pode levar menos, mas ele se preocupa mais com qualidade do que preço”, comenta.
Números
Dados da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), o faturamento do setor de materiais de construção deve ultrapassar os R$ 120 bilhões em todo o país. O que representa em torno de 8,5% do Produto Interno Brasileiro (PIB).
No Brasil, são mais de 138 mil lojas de materiais de construção. No Paraná, as lojas ficam em torno de 10 mil.