Servidores estaduais de diversas categorias seguem com mobilizações para cobrar o pagamento da data-base, com a reposição salarial. Nesta quinta-feira (27), professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) paralisaram as atividades e realizaram diversos atos, entre eles, uma aula pública ao lado dos professores da rede estadual de ensino, no Parque Ambiental. Já os policiais civis aguardam para esta sexta-feira (28) uma resposta do secretário estadual de Segurança Pública, Romulo Marinho Soares, sobre as tratativas para a categoria. "Nós apoiamos os demais colegas, mas nós não podemos entrar em greve até por uma determinação do STF [Superior Tribunal Federal]. O que a gente pode fazer são algumas manifestações e atividades específicas em forma de protesto", explica a vice-presidente do Sindicato das Classes Policiais Civis (Sinclapol), Desiree Larocca Estevam.
A Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Sinduepg) informou que a greve, iniciada hoje, recebeu adesões e que só não participaram das atividades professores que estavam aplicando provas. A UEPG, por sua vez, afirmou que até o final da tarde, a instituição não tinha como precisar a porcentagem de adesão, já que ainda resta o período noturno, mas disse que "parte dos professores aderiu enquanto outros ministraram aulas normalmente". Em nota, a instituição declarou reconhecer a legitimidade das reivindicações e que haverá uma reunião extraordinária do Conselho Universitário no dia 9 de julho para discutir o calendário letivo.
Em entrevista coletiva em Foz do Iguaçu, o governador Ratinho Junior (PSD) declarou que a paralisação tem uma adesão de 4% dos servidores em todo o Estado e não vai se render às pressões. "Greve como pressão política, no meu governo, não vai funcionar", afirmou. Ele comentou ainda que considera o reajuste salarial uma necessidade e um direito dos trabalhadores, mas que não pode deixar que o "Paraná quebre", por isso, precisa de uma "situação financeira estável e equilibrada".