Em assembleia realizada há pouco em frente à Prefeitura de Ponta Grossa, os servidores municipais votaram pela continuidade da greve, iniciada na manhã desta segunda-feira (11), diante da falta de acordo com o Executivo em relação ao reajuste salarial.
Além disso, uma comissão com cinco servidores foi montada para participar de reunião com o prefeito Marcelo Rangel (PSDB), agendada para a manhã desta terça-feira (12). Também devem participar do encontro um grupo de vereadores.
A data-base dos servidores municipais é maio. Mas, a categoria rejeitou as propostas de reajuste apresentadas pelo Executivo: na primeira delas a Prefeitura propõe a reposição integral da inflação acumulada entre abril de 2017 e maio de 2018 sobre toda a remuneração para pagamento no salário de setembro de 2018; a segunda opção é auxílio alimentação de 5% sobre o salário base de todas as categorias com o pagamento a partir do mês de novembro de 2018.
Na contraproposta, os servidores pedem a reposição integral da inflação a partir do dia 1º de maio e a concessão de auxílio alimentação em um valor igual para todos os servidores. No caso do auxílio alimentação, o Sindicato entende que deverá ser dividido o valor de 2,34% da folha bruta do Município, algo em torno de R$ 608,4 mil mensal.
Câmara
O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindserv), Leovanir Martins, usou a tribuna na Câmara de Vereadores, durante a sessão de hoje. "Pedimos intervenção do Legislativo junto ao Executivo pedindo antecipação do reajuste porque é impossível esperar até setembro", destacou. Durante sua fala na Câmara, Martins também reforçou que o Sindicato pede a supressão de 100 cargos em comissão para ajudar a bancar o reajuste do salário dos servidores efetivos. Ele afirmou ainda que o Sindicato também vai ajuizar ação popular denunciando contratações e nomeações irregulares, devido ao limite estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.