Centenas de prefeituras do Paraná estão fechando suas portas, desde sexta-feira (28), devido à falta de combustível para abastecer suas frotas de veículos e de maquinário ou em sinal de apoio à greve dos caminhoneiros.
Na região, a maioria das cidades integrantes da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) já conta, desde quarta-feira (23) com serviços comprometidos. “Os prefeitos são a favor e solidários com a greve dos caminhoneiros, visto que os altos custos dos combustíveis afetam diretamente os orçamentos das Prefeituras”, aponta o presidente da AMCG e prefeito de Jaguariaíva, Juca Sloboda. No entanto, segundo ele, a expectativa é que a situação normalize logo. "Entendemos que o movimento é legítimo, mas como houve acordo entre o governo federal e a categoria, espero que a paralisação termine o mais rápido possível, porque começa chegar em um ponto que a população é muito afetada e serviços essenciais começam a ser prejudicados", aponta.
A partir desta terça-feira (29), as aulas na rede municipal de ensino estarão suspensas em Jaguariaíva, assim como diversos outros serviços. O combustível será destinado a serviços essenciais, como coleta de lixo, limpeza pública, e transporte de pacientes. Em Carambeí, as aulas na rede municipal também estão suspensas.
Em Castro, o prefeito Moacyr Fadel Junior decretou situação de emergência no município pelo período de sete dias. No decreto, assinado hoje (28), a administração municipal determina a suspensão do expediente no Paço Municipal e em setores da Prefeitura que não desenvolvem serviços essenciais.
Em São João do Triunfo nem mesmo a coleta de lixo pôde ser mantida, pois o aterro que recebe os resíduos da população fica em Três Barras (SC), e, portanto, o caminhão da coleta não pode realizar a destinação devido aos bloqueios na estrada. Em nota, a Prefeitura solicita a “compreensão e colaboração da população no sentido de acomodar o lixo até o retorno das atividades”.