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Sem acordo, projeto das tarifas deve ser arquivado

DESCARTADO Vereadores e conselho discutiram ontem projeto da dupla tarifação

 

Não surtiu efeito a tentativa do Conselho Municipal de Transporte de manter o projeto de lei do Executivo que estabelece tarifas diferenciadas no transporte coletivo, para quem paga em dinheiro ou com bilhete eletrônico. Em reunião realizada na tarde de ontem, conselho e vereadores não conseguiram chegar a um consenso em torno da proposta. Com isso, o prefeito Pedro Wosgrau Filho (PSDB) deverá solicitar a retirada da matéria.

O projeto em trâmite no Legislativo estabelece que a passagem irá custar até 20% mais caro para quem pagar em dinheiro. O valor normal (atualmente de R$ 2,40) permanece para os passageiros que utilizarem o sistema de bilhetagem eletrônica. Defensores da proposta, representantes do conselho se reuniram com os vereadores a fim de discutir mudanças no texto, como a redução no percentual adicional e a ampliação do prazo para entrar em vigor a medida.

Participaram da reunião o presidente da Câmara, Maurício Silva (PSB), e os vereadores Alysson Zampieri (PPS) e Júlio Küller (PPS), presidentes das comissões de Justiça e Finanças, respectivamente. Ao final da discussão, não houve acordo em torno do projeto. “Os vereadores só aceitam se for feito o desconto em cima da tarifa em vigor. Porém, isso é inviável porque causaria desequilíbrio na planilha de custos”, relatou o presidente do Conselho de Transportes, Carlos de Mario.

A próxima reunião do conselho já está marcada para o próximo dia 21, quando seus membros vão discutir as providências a serem tomadas. A intenção, segundo De Mario, é promover novas reuniões com os vereadores, a fim de discutir novas alternativas para incrementar o uso da bilhetagem eletrônica. “Para podemos baixar os custos, é preciso que a bilhetagem eletrônica chegue a mais de 90% dos usuários”, explica.

O presidente da Câmara reafirmou o posicionamento manifestado anteriormente, de que nas atuais condições, a proposta do Executivo será rejeitada pelos parlamentares. “Entendemos que não é correto penalizar o usuário que paga em dinheiro. Vamos buscar, junto com o conselho, outras maneiras de incentivar a bilhetagem eletrônica”, disse Maurício. Ainda ontem, ele comunicaria o posicionamento ao prefeito Wosgrau, que diante da rejeição do Legislativo, deve solicitar a retirada do projeto.

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