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Sebrae lista 5 dicas para separar o orçamento da empresa das contas pessoais

Considerada um calcanhar de Aquiles do empreendedor brasileiro, a gestão financeira é vital para o sucesso de qualquer negócio. A partir da análise e controle das atividades financeiras da empresa, é possível tomar decisões mais acertadas, e consequentemente, maximizar resultados. Pesquisas realizadas pelo Sebrae no ano passado revelaram que 77% dos Microempreendedores Individuais (MEI) nunca fizeram capacitação em finanças e 48% não fazem previsão de gastos. Quanto aos donos de microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP), 52% admitiram que necessitam de uma maior capacitação na área de controle e gestão financeira.

Um dos erros mais comuns cometidos pelos donos de pequenos negócios é misturar o orçamento da empresa com o das contas pessoais. Observa-se que quanto mais o empreendedor é responsável sozinho pela gestão do negócio, mais suscetível ele fica para cometer tal prática.

O consultor do Sebrae/PR, André Azevedo, diz que é necessário, antes de tudo, fazer uma análise da empresa para levantar os custos e gastos para mantê-la operando, mensalmente. Assim é possível separar as finanças e investir uma quantia para pagar as finanças pessoais e os custos empresariais.

“Isso gera clareza em relação ao rendimento que a empresa tem e sobre quanto ela pode contribuir para o rendimento do empresário. Às vezes, em virtude do momento, a empresa não consegue gerar o rendimento que o empresário necessitaria ter para pagar suas contas pessoais”, justifica. Segundo Azevedo, os passos citados também são importantes para identificar a real situação financeira do negócio e se o empreendimento está dando lucro ou não.

Preparamos cinco dicas para ajudar a organizar melhor o orçamento da sua empresa, confira:

1. Tenha contas bancárias separadas

O primeiro passo é separar a conta da empresa da conta pessoal. Hoje em dia muitas instituições financeiras oferecem contas empresariais isentas de algumas cobranças ou com condições especiais.

2. Defina o seu pró-labore

O pró-labore é o salário determinado para o proprietário da empresa e não deve ser confundido com os lucros. Tenha consciência de que o lucro deve ser utilizado principalmente para investir no crescimento da empresa. Sendo assim, você deve ajustar o seu custo de vida ao faturamento da empresa, e não o contrário. Para definir seu pró-labore, pergunte-se quanto pagaria para um profissional desempenhar as mesmas atividades ou quanto o mercado paga para alguém com a função.

3. Anote tudo que é retirado da empresa, seja em forma de produto ou serviço

Saiba fazer o controle dos gastos da sua empresa e, para isso, anote tudo que é retirado ou utilizado, em forma de produto ou serviço. Dessa forma, deixe claro o que é retirado do seu pró-labore, ou seja, tenha controle do que é despesa pessoal e o que é despesa da empresa. Por exemplo, gastos com luz e fornecedores são despesas da empresa, enquanto gastos com lanches são despesas pessoais. Também tenha cuidado com despesas feitas para familiares e amigos, que muitas vezes acabam comprometendo o orçamento.

4. Faça um plano de contas

O plano de contas é uma ferramenta de controle que faz parte do fluxo de caixa e deve ser estruturado para que possibilite o acompanhamento das movimentações financeiras da sua empresa ao longo do tempo. Neste plano, enumere quais são as despesas e receitas pessoais e da empresa.

5. Não desista e tenha constância

Para quem nunca fez um controle financeiro, a tarefa pode parecer complicada. Tenha consciência de que no começo vai dar trabalho, mas os benefícios logo serão percebidos, após o período de no mínimo um mês. Não desista e tenha constância, pois aos poucos você irá perceber com mais clareza a situação das suas contas.

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