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Saldo de abertura de empresas segue positivo em Ponta Grossa

Mesmo em meio à pandemia no novo coronavírus que está alterando o funcionamento de diversos estabelecimentos e diminuindo o consumo na maioria dos segmentos, Ponta Grossa segue com saldo positivo de abertura de empresas neste ano – inclusive, maior do que em 2019. Subtraindo as baixas das aberturas, de janeiro a março de 2020 a cidade contabiliza um saldo de 1.557 novas empresas, 9,5% a mais do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando o quadrimestre somava 1.421 novos negócios. Os dados são de um levantamento da Junta Comercial do Paraná solicitado pela reportagem do Diário dos Campos.

Fragmentando a partir da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e considerando desde microempresas até as de grande porte, os segmentos que tiveram os melhores saldos de novos negócios neste ano foram o da construção, que já ocupava o primeiro lugar em 2019, e o da saúde humana e serviços sociais, que até então estava em segundo. Ambos registram 30 aberturas a mais do que fechamentos – mas, apesar de liderarem no saldo, não foram nem os que mais abriram e nem os que mais fecharam.

O comércio, considerado junto com a reparação de veículos automotores e motocicletas, é a atividade econômica com maior movimentação empresarial em Ponta Grossa tanto no primeiro quadrimestre deste ano, quanto no do ano passado. Enquanto abriu 171 e fechou 146 empresas em 2019, o segmento teve 149 empresas iniciadas e 141 finalizadas em 2020.

Mês a mês

Comparando os resultados mês a mês, porém, tem-se que enquanto janeiro e fevereiro de 2020 superaram 2019, março e abril tiveram desempenhos menores no comparativo ao ano passado – mas ainda assim positivos. O primeiro bimestre desse ano registrou 821 novas empresas, ante 578 em 2019; o segundo, por sua vez, teve um saldo de 736 negócios, ante 843 em março e abril de 2019.

No decorrer do ano verificou-se uma queda progressiva; o saldo de abril, o mês com o menor número, baixou um quarto do total de janeiro, por exemplo. “A crise da covid-19 teve impacto sim na estrutura produtiva de Ponta Grossa. Dentro das empresas formais as micro e pequenas foram as mais impactadas, e aquele segmentos mais afetados pelo distanciamento foram os que mais perderam empresas”, analisa a dra. Augusta Pelinski Raiher, professora de Economia da Universidade Estadual de Ponta Grossa.

“Se não tivesse a covid-19 teríamos um crescimento bem intenso neste período, como já tínhamos tendo nos anteriores já que os dados mostravam incrementos bem importantes. No caso do campo industrial, por exemplo, enquanto em 2019 tivemos 17 noas indústrias, em 2020 foram só nove. De fato todos foram atingidos dentro da sua dinâmica, mas alguns mais e outros menos”, afirma a economista.

“A crise econômica do novo coronavírus começou a surtir efeitos na economia de Ponta Grossa, e é importante medir como vai se dar o comportamento ao decorrer dos próximos meses, se vamos conseguir recuperar rapidamente ou não”, avalia Augusta.

Leia também: MEIs aumentam protagonismo em novos negócios em Ponta Grossa 

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