O secretário da Fazenda, Mauro Ricardo, e o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, se reuniram com sindicatos de servidores em mais uma rodada de negociação e apresentaram cálculos e a situação das finanças estaduais.
A reunião foi com representantes de sindicatos de servidores públicos reunidos no Fórum de Entidades Sindicais (FES). Foi formado um grupo, composto por representantes secretarias da Fazenda e da Administração e de cinco dos sindicatos, para detalhar novas propostas e acelerar a busca de uma solução entre as partes. Esse grupo tem até o dia 18 de novembro para apresentar propostas no papel, para que possamos avançar e encontrar solução para as questões. Essas propostas serão apresentadas aos secretários que fizeram parte da reunião, disse Rossoni.
O secretário da Fazenda, Mauro Ricardo, voltou a reiterar que não há margem para assumir o reajuste e mais os avanços de carreira, por conta do risco do Estado perder o equilíbrio financeiro, como já ocorre com a maioria das unidades da federação. Não podemos arriscar perder o equilíbrio conquistado em 2015 e 2016. Não podemos perder o rumo, afirmou. Não podemos oferecer mais do que nossa capacidade, reiterou Valdir Rossoni.
Na reunião de terça os membros do Governo apresentaram a tese de que, mesmo sem reajuste em 2017, o funcionalismo terá ganho real por meio do pagamento de promoções e progressões previstas. Na apresentação feita aos servidores, durante a reunião, Mauro Ricardo mostrou que, com esse pagamento, a média de remuneração dos professores passará de R$ 2.115, em abril de 2010, para R$ 5.213 em 2017, o que representará um ganho real de 58%. O cálculo toma como base a inflação projetada pelo IPCA nesse período e não considera valores atrasados. Nessa mesma base de comparação, no caso da Polícia Militar, a remuneração média passará de R$ 2.746 para R$ 5.889, com variação real de 37,5%.