em

Restrições ao crédito elevam spread bancário e juros ao consumidor

 

As restrições ao crédito, adotadas no final do ano passado, fizeram com que os bancos elevassem ospread (diferença entre os juros pagos ao aplicador e as taxas cobradas nos empréstimos) de 23,5%, em dezembro, para 26,1%, no mês de fevereiro. A margem de lucro dos bancos aumentou 2,6 pontos percentuais no bimestre, e o spread atingiu o patamar mais alto desde agosto de 2009, de acordo com o chefe adjunto do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central, Túlio Maciel, ao divulgar hoje (29) o Relatório de Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro, relativo a fevereiro.

Como resultado, os bancos aumentaram os juros prefixados em quase todas as modalidades de operação de crédito, com exceção do cheque especial, que caiu de 170,7% para 167,4% no bimestre. O crédito pessoal ficou 3,9 pontos percentuais mais caro, ao passar de 44,1% para 48%; o financiamento de veículos aumentou de 25,2% para 27,3%; e outros financiamentos tiveram os juros aumentados de 47,9% para 50,8% na relação dezembro-fevereiro, depois de terem baixado a 44,4% em janeiro, por causa das promoções de estoques de fim de ano.

Os juros também ficaram mais caros para as empresas no bimestre. Os descontos de duplicatas subiram de 39,1% para 44,5%, os descontos de promissórias passaram de 53,6% para 58,1%, o capital de giro evoluiu de 27,3% para 30,5%, a conta garantida passou de 95,7% para 101,2% e a aquisição de bens aumentou de 17% para 18%. As operações mais usadas pelas empresas, os descontos de duplicatas e de promissórias, ficaram 6,3 e 6,2 pontos percentuais mais caras, respectivamente, nos últimos 12 meses.

A alta dos juros reflete o aumento do compulsório bancário, anunciado pelo BC no início de dezembro, que retirou R$ 61 bilhões do mercado, de acordo com estimativa da própria autoridade monetária, e se agravou com a retomada do processo de elevação da taxa básica de juros (Selic), que foi ajustada de 10,75% para 11,25% ao ano no mês de janeiro, para conter as pressões inflacionárias. Além disso, o aperto monetário também embutia a expectativa dos analistas financeiros para novas altas da Selic.

Com esse cenário, os bancos trataram de aumentar a diferença entre os juros pagos ao cliente que faz aplicações e os juros cobrados nos empréstimos. Enquanto a taxa de captação paga ao investidor aumentou de 11,5% em média para 12% na comparação entre dezembro e fevereiro, a taxa média cobrada no empréstimo subiu de 35% para 38,1% e se firma como o spread mais alto do mundo entre os países emergentes.

 

As restrições ao crédito, adotadas no final do ano passado, fizeram com que os bancos elevassem ospread (diferença entre os juros pagos ao aplicador e as taxas cobradas nos empréstimos) de 23,5%, em dezembro, para 26,1%, no mês de fevereiro. A margem de lucro dos bancos aumentou 2,6 pontos percentuais no bimestre, e o spread atingiu o patamar mais alto desde agosto de 2009, de acordo com o chefe adjunto do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central, Túlio Maciel, ao divulgar hoje (29) o Relatório de Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro, relativo a fevereiro.

Como resultado, os bancos aumentaram os juros prefixados em quase todas as modalidades de operação de crédito, com exceção do cheque especial, que caiu de 170,7% para 167,4% no bimestre. O crédito pessoal ficou 3,9 pontos percentuais mais caro, ao passar de 44,1% para 48%; o financiamento de veículos aumentou de 25,2% para 27,3%; e outros financiamentos tiveram os juros aumentados de 47,9% para 50,8% na relação dezembro-fevereiro, depois de terem baixado a 44,4% em janeiro, por causa das promoções de estoques de fim de ano.

Os juros também ficaram mais caros para as empresas no bimestre. Os descontos de duplicatas subiram de 39,1% para 44,5%, os descontos de promissórias passaram de 53,6% para 58,1%, o capital de giro evoluiu de 27,3% para 30,5%, a conta garantida passou de 95,7% para 101,2% e a aquisição de bens aumentou de 17% para 18%. As operações mais usadas pelas empresas, os descontos de duplicatas e de promissórias, ficaram 6,3 e 6,2 pontos percentuais mais caras, respectivamente, nos últimos 12 meses.

A alta dos juros reflete o aumento do compulsório bancário, anunciado pelo BC no início de dezembro, que retirou R$ 61 bilhões do mercado, de acordo com estimativa da própria autoridade monetária, e se agravou com a retomada do processo de elevação da taxa básica de juros (Selic), que foi ajustada de 10,75% para 11,25% ao ano no mês de janeiro, para conter as pressões inflacionárias. Além disso, o aperto monetário também embutia a expectativa dos analistas financeiros para novas altas da Selic.

Com esse cenário, os bancos trataram de aumentar a diferença entre os juros pagos ao cliente que faz aplicações e os juros cobrados nos empréstimos. Enquanto a taxa de captação paga ao investidor aumentou de 11,5% em média para 12% na comparação entre dezembro e fevereiro, a taxa média cobrada no empréstimo subiu de 35% para 38,1% e se firma como o spread mais alto do mundo entre os países emergentes.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.