O estudo da Secretaria de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social indica que a maioria dos trabalhadores da região (18 municípios) contratados entre os meses de fevereiro de 2014 e 2015 têm como remuneração mensal de um a um salário mínimo e meio. Do total de admissões, 54,55% se encontram nesta faixa.
Os ganhos aumentam entre um salário mínimo e meio e dois salários para 16,29% dos contratados no período avaliado. Os que recebem todos os meses entre dois e três mínimos representam 14,46% dos admitidos.
As admissões com salários que vão de meio a um salário mínimo representam 9,36% do total, enquanto quem recebe mensalmente acima de três mínimos está na faixa dos 5,33% dos trabalhadores.
Conforme o levantamento, a mesma realidade é verificada no Paraná, onde 59,83% das admissões envolvem entre um e um salário mínimo e meio. O período avaliado é novamente entre fevereiro do ano passado e o mesmo mês de 2015.
O consultor de empresas e professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Nelson Canabarro, observa que Ponta Grossa, com média salarial de R$ 900, possui a menor faixa de renda do interior do Estado entre as maiores cidades, destacando que em Maringá a média é de R$ 1,2 mil e em Londrina de R$ 1,08 mil. A faixa reflete na capacidade de consumo das pessoas. A renda do trabalhador é o que enriquece uma cidade e movimenta a economia, gerando demanda industrial e consequentemente empregos na indústria, comércio e serviços. Manter a renda baixa promove o desenvolvimento econômico (aumenta impostos e número de empresas), mas não o desenvolvimento social, por meio da riqueza gerada pelo salário, que é levada à casa do trabalhador, diz.
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