Daqui menos de duas semanas os remédios devem ficar mais caros em todo o país. Isso porque abril é o mês marcado pelo reajuste anual dos medicamentos, calculado a partir da inflação, preços dos insumos e demais aspectos do mercado interno.
A autorização do reajuste é feita pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), que pertence à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Porém, a porcentagem ainda não foi divulgada.
“O resultado das reuniões do Comitê Técnico Executivo da Câmara de Medicamentos é tornado público a partir do momento da publicação da Ata das reuniões. Não é possível antecipar informações antes da publicação da Ata. Após a elaboração, ela é encaminhada para os ministérios representantes do CTE para as devidas assinaturas. Após colhidas todas as assinaturas, ela é publicada no site da CMED”, disse o órgão, em resposta à reportagem do DC.
Apesar disso, diversas redes de farmácias já vêm alertando a população que os remédios ficarão mais caros em abril, e usando a data do reajuste para publicidades e promoções.
Histórico
No ano passado a alta foi de até 10,89%, dependendo do nível do medicamento – que se refere às classes terapêuticas de cada remédio, como analgésicos e anti-inflamatórios, por exemplo.
Na época, a inflação acumulada em 12 meses (IPCA) em fevereiro de 2022 era de 10,54% – índice revelado em março, mês em que é divulgado o percentual do reajuste dos medicamentos.
A título comparativo, em fevereiro deste ano a inflação acumulou 5,6% em 12 meses.
ICMS
Outro fator agravante no preço dos remédios é a alta do imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços (ICMS) no Paraná, que passou a valer na semana passada. Em todo o estado a alíquota modal do imposto, que é uma espécie de regra geral da legislação e inclui os medicamentos, subiu de 18% para 19%.