Depois de mais de três horas lendo seu voto, o desembargador João Pedro Gebran Neto manteve a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele rejeitou integralmente os recursos apresentados pela defesa durante o julgamento realizado no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, nesta quarta-feira (24).
Para Gebran Neto o ex-presidente foi articulador de esquema de corrupção; análise do recurso prossegue e mais dois desembargadores darão seu voto. Segundo ele, Lula recebeu propina da empreiteira OAS na forma de um apartamento triplex no Guarujá, propina esta oriunda de um esquema de corrupção na Petrobras. O desembargador ainda aumentou a pena de Lula para 12 anos e um mês. Pela sentença do juiz federal Sérgio Moro, em julho de 2017, Lula foi condenado a nove anos e seis meses de prisão.
Mais dois desembargadores votam
Após a leitura do seu voto, a sessão entrou em intervalo e mais dois desembargadores ainda darão seus votos. O desembargador Leandro Paulsen será o próximo a proferir o voto, encerrando com a leitura do desembargador federal Victor Luiz dos Santos Laus.
Pior fim, Paulsen, que é o presidente da turma, proclama o resultado. Pode haver pedido de vista. Neste caso, o processo será decidido em sessão futura, trazido em mesa pelo magistrado que fez o pedido.