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Reino Unido nega visto a ‘instrutor de pegação’

Reprodução

Depois de Austrália e Brasil, foi a vez do Reino Unido proibir a entrada de Blanc em seu território

Alçado à fama no Brasil na semana passada após seu ter visto de entrada no país proibido pelo Itamaraty, o “instrutor de pegação” suíço Julien Blanc acaba de ser barrado também no Reino Unido.

Como aconteceu por aqui, a mobilização foi gerada a partir de uma petição que pedia a negação de seu visto e alcançou mais de 150 mil assinaturas. A versão brasileira do abaixo assinado teve adesão de mais de 400 mil nomes.

Blanc foi recentemente expulso do território australiano. O argumento, como em todos os casos, são os métodos considerados machistas e pautados por violência, intimidação e humilhação que ensina mundo a fora em palestras e vídeos destinados a homens solteiros em busca de mulheres.

‘Repugnantes’

À BBC inglesa, a secretária de combate ao crime Lynne Featherstone disse estar “satisfeita, porque o senhor Blanc não entrará em nosso território”. Na semana passada, a secretária afirmou estar “extremamente preocupada” com as “declarações sexistas e absolutamente repugnantes” feitas pelo suíço sobre mulheres.

“Se ele puder dar suas palestras no Reino Unido, não tenho dúvidas de que os casos de abusos sexuais e intimidações vão aumentar”, afirmou.

O governo britânico tem a prerrogativa de barrar pessoas cuja presença “não contribua para o bem público”. Porta-vozes disseram, entretanto, que não irão comentar “casos individuais de exclusões”.

A decisão foi elogiada por ativistas e cidadãos que participaram da mobilização contra a entrada de Blanc em território britânico. Caso da escritora e colunista Daisy Buchannan, que tuitou: “Fico muito feliz que, no #DiaInternationaldosHomens, Julien Blanc não possa ser um homem internacional”.

‘Treinamento’

O suíço trabalha na Real Social Dynamics (RSD), empresa norte-americana que se define como “a maior empresa de treinamento para encontros do mundo”. A RSD promete a seus clientes reverter a situação quando mulheres dizem não às investidas sexuais e métodos para “ativar a prostituta que existe dentro delas”.

Não é a primeira vez na história recente que o governo do Reino Unido proíbe a entrada de estrangeiros no país.

No ano passado, os ativistas anti-islâmicos Pamela Geller e Robert Spencer também tiveram seus vistos de entrada vetados. Em 2009, a Grã-Bretanha proibiu que o político alemão de extrema direita Geert Wilders entrasse em seu território.

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