A região dos Campos Gerais abriu 2.613 postos de trabalho nesse ano, de janeiro a abril. Os dados foram divulgados pelo Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Caged), relatório mensal do Governo Federal que considera o total de admissões e demissões de todas as cidades brasileiras. Dos 23 municípios que compõem os Campos Gerais, apenas quatro registraram saldo negativo no quadrimestre.
Entre os melhores resultados destacam-se Ponta Grossa, líder da região, que contratou 1.023 trabalhadores a mais do que demitiu, Castro, com saldo de 243 vagas, e Ortigueira e Jaguariaíva, com 238 e 214 novos postos de trabalho, respectivamente.
Considerando-se apenas a movimentação de abril o total é maior do que o mês anterior: enquanto março teve um saldo de empregos de 437 vagas, com sete cidades com índice negativo, abril registrou 709 novas vagas, ainda que com seis cidades que demitiram mais do que contrataram.
A melhora também foi verificada no cenário estadual. O Paraná teve a criação de 10.653 postos em abril, resultado 15% melhor do que o do mesmo mês do ano passado e o melhor da região Sul. Os setores que se destacaram na empregabilidade do mês foram serviços (5.627), comércio (2.433) e construção civil (1.739).
Na variação dos últimos meses foram registradas 41.334 novas contratações, enquanto que no quadrimestre o saldo foi o terceiro maior índice do País – ficando atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina. Nos primeiros meses de 2019 foram gerados 37.876 novos empregos em todo o estado, resultado de 433.894 postos de trabalho abertos ante o fechamento de 396.018.
Ponta Grossa
A cidade de Ponta Grossa, que sozinha gerou 1.023 novas vagas de emprego no quadrimestre, teve o seu crescimento liderado pelo setor de serviços, que criou 474 postos de trabalho. Na sequência viram a indústria de transformação, com 258 admissões a mais do que demissões, e administração pública (202). Ficaram com saldo negativo o setor agropecuário (-89), comércio (-42) e extrativo mineral (-9).
Brasil
Já considerando todos os municípios do país a criação de empregos com carteira assinada atingiu, em abril, o maior nível para o mês em seis anos: 129.601 vagas formais foram criadas no período. A criação de empregos no Brasil totaliza 313.835 de janeiro a abril e 477.896 nos últimos 12 meses.
O campeão foi o setor de serviços, com a abertura de 66.290 postos, seguido pela indústria de transformação (20.470 postos). Em terceiro lugar, vem a construção civil (14.067 postos). Segundo análise do Governo Federal, tradicionalmente a geração de emprego é alta em abril devido ao início das safras e do aquecimento da indústria e dos serviços.
Novos MEIs estão gerando 1.200 empregos em PG
Como o Caged considera apenas as contratações feitas através de carteira assinada, a quantidade de microempreendedores individuais (MEIs) não é considerada no saldo de empregos e, conforme explica a coordenadora de Fomento ao Empreendedorismo e Inovação da Prefeitura de Ponta Grossa, Tônia Mansani, deve ser somada ao indicador. Hoje a cidade conta com 14.890 MEIs formalizados, sendo que 1.281 foram criados entre janeiro e abril deste ano.
Destes, 689 fizeram o seu processo através da Sala do Empreendedor. “Os empresários que se formalizaram através do órgão são 100% novas empresas; pelo Portal do Empreendedor, por exemplo, há aqueles que eram microempresa e decresceram”, explica Tônia.
A gestora também estima que, apenas considerando o número da Sala do Empreendedor, têm-se a criação de 1.200 vagas de emprego diretas geradas pela modalidade. “O MEI é a porta de entrada no mercado formal enquanto empresário. Em muitos casos tem alguém da família junto ajudando, o que gera ainda mais renda na cidade”, aponta Tônia.
Para ela, esse aquecimento deve-se em parte à lei da terceirização. “A legislação ampliou essa possibilidade de prestar serviço; quem antes era empregado agora pode ser terceirizado. Alguns ramos estão bastante em alta, como saúde e beleza e construção civil, onde a maioria dos trabalhadores são terceirizados”, ressalta a coordenadora municipal.