Para o deputado estadual Soldado Fruet (Pros), a reforma administrativa – com a redução de 21 para 15 secretarias – proposta pelo governo Ratinho Junior (PSD) não traria a economia de R$ 10 milhões ao ano, conforme foi anunciado pelo governo estadual.
Segundo estudo encomendado pelo parlamentar de primeiro mandato, baseado em dados e informações do Portal da Transparência e da legislação, comparando os cargos em comissão, funções gratificadas e salários atuais com o quadro proposto na reforma administrativa, na verdade o governo iria gastar R$ 10 mi a mais por ano. Isso porque, aponta o deputado, haveria por exemplo, ampliação dos cargos AE1 (R$ 23,6 mil), que possuem salários iguais aos de secretários de estado, de oito para nove. Pela proposta do governo, também seriam criadas 12 superintendências com salários de R$ 22 mil, cargos que não existem atualmente. O estudo foi, segundo a assessoria do deputado, apresentado ao líder do governo na Assembleia, deputado Hussein Bakri (PSD) e também a outros deputados.
O deputado Bakri informou, através de sua assessoria de imprensa, que o projeto Lei 57/2019, que prevê alterações na estrutura administrativa do Estado, encaminhado à Alep, deve ganhar emendas dos deputados, assim como um substitutivo geral do próprio governo. O novo texto deve ser reapresentado após o Carnaval. No entanto, o deputado afirma que o substitutivo não tem relação com o estudo apresentado pelo deputado Soldado Fruet e reitera que os números apresentados pelo governo estadual estão corretos: com a reforma, aponta Bakri, o governo vai extinguir mais de 330 cargos, gerando economia de R$ 10 mi ao ano.