Ponta Grossa tem um bom sistema de saneamento, mas, em contrapartida, deve na saúde pública. Se oferece bons serviços de segurança, a administração deixa a desejar no planejamento urbano. E para cada cidadão, gasta R$ 1606 em prestação de serviços, um valor muito abaixo da média nacional. Este é o diagnóstico da gestão pública de Ponta Grossa exposta em um relatório nacional divulgado esta semana sobre as 100 maiores cidades do Brasil.
De acordo com o levantamento feito pela Marcroplan, Ponta Grossa está na 37ª colocação em um ranking liderado por Maringá. O estudo feito pela empresa de consultoria de gestão formulou o ranking com base em um índice que vai de 0 a 1 quanto mais próximo de 1, melhor é a condição de vida no local. Ponta Grossa obteve índice 0,637.
O índice da Macroplan leva em conta indicadores em quatro áreas: saúde, educação e cultura, segurança e saneamento e sustentabilidade. Além destes itens, o estudo também traça um raio-x de elementos que compõem a gestão dos 100 maiores municípios dos País.
Em Ponta Grossa, por exemplo, o município gasta R$ 1606 por cidadão na prestação de serviços. O valor é o 69º menor entre as cidades estudadas.
O levantamento também apontou que para cada R$ 1 de receita do município, R$ 0, 55 são gerados por meio de receita tributária própria, ou seja, não são repassados dos governos Federal e Estadual. Na análise da Macroplan, este número pode ser considerado bom, já que Ponta Grossa tem o 38º melhor desempenho neste quesito.
Comparativo
A Macroplan fez o mesmo levantamento em 2005, e no comparativo, Ponta Grossa praticamente se manteve na mesma colocação, subindo uma posição em relação ao ranking anterior. No estudo feito dez anos atrás pela Macroplan, o índice de Ponta Grossa era de 0,528.
Nas evoluções dos estudos, Ponta Grossa aponta melhoria em três de quatro itens avaliados. Somente na saúde é que a gestão apresentou queda no índice da Macroplan. Pelo ranking, Ponta Grossa caiu 17 posições neste item. Já em Saneamento, Educação e Segurança o município apresentou evoluções em relação a 2005.