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Queijo da Cooperativa Witmarsum presente em evento internacional de IG

O 3º Evento Internacional de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas será realizado de 9 a 11 de agosto, em Belo Horizonte (MG), com o objetivo de divulgar essas proteções de propriedade industrial e possibilitar a troca de experiências com Indicações Geográficas (IGs) internacionais. O Queijo da Colônia Witmarsum, tipo colonial, produzido pela Cooperativa Agroindustrial Witmarsum, de Palmeira (PR), será um dos seis produtos paranaenses com certificação de IG presentes no evento.

O presidente da Cooperativa Witmarsum, Artur Sawatzky, estará em Belo Horizonte participando do evento. Ele comemora a repercussão que o produto deve ganhar a partir da obtenção da IG, afirmando que “reconhece a notoriedade, a tradição e a excelência da nossa produção. Segundo Sawatzky, com a certificação, o consumidor tem a garantia da autenticidade e qualidade do produto”.

Junto com os demais produtos com registro de IG do Paraná, o Queijo da Colônia Witmarsum estará no centro de uma rodada de negócios, também em Belo Horizonte, a ser realizada na sexta-feira (9). Para Sawatzky, a oportunidade de apresentar o produto com IG e outros da Linha de Queijos Finos Witmarsum a potenciais compradores é excelente, possibilitando a abertura de novos mercados. Devem participar desta rodada de negócios representantes de empresas de diversos segmentos do setor de alimentação.

Enquanto estão em elaboração os novos rótulos, já com o selo da IG, o presidente da Cooperativa e a diretoria avaliam projetos. “Temos equipamentos que nos permitem aumentar a produção de queijos. Agora, portanto, precisamos investir na ampliação das câmaras de maturação”, adianta Sawatzky.

Dentre as 49 certificações de IG concedidas pelo INPI, a obtida pela Cooperativa Witmarsum é a primeira a um produto de laticínio submetido ao Serviço de Inspeção Federal (SIF). Com isto, pode ser comercializado em qualquer lugar do Brasil e também se habilitar para importação.

O Queijo da Colônia Witmarsum é apenas o terceiro produto queijo produzido no Brasil a conseguir a certificação de IG. Antes, apenas dois tipos de queijos artesanais de Minas Gerais obtiveram o registro: Queijo do Serro e Queijo Canastra.

O evento do INPI em Belo Horizonte também promove a Feirinha Aproxima – Indicações Geográficas do Brasil, com produtos com registro de Indicação Geográfica e Marca Coletiva. Dentro da feira, haverá oficinas de degustação com produtos das Indicações Geográficas, entre eles o Queijo da Colônia Witmarsum e o Café do Norte Pioneiro, além de pratos preparados com IGs por um chef, que faz parte do Slow Food e do projeto coletivo alimentar, utilizando Bala de Banana de Antonina, Goiaba de Carlópolis e Mel do Oeste do Paraná.

Realizado pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) em parceria com a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), o evento também conta com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Instituto Nacional da Propriedade Industrial da França e o Ministério de Agricultura e Abastecimento (Mapa).

Concessão de IG

O INPI concedeu, no último dia 24 de abril, o registro de Indicação Geográfica (IG), na espécie Indicação de Procedência (IP), para o produto Queijo da Colônia Witmarsum. A região corresponde à delimitação de 7.800 hectares da antiga Fazenda da Cancela, no município de Palmeira.

Os queijos produzidos em Witmarsum abastecem mercados em todo o Paraná e em diversos outros estados brasileiros. A IG foi concedida em nome da Cooperativa Agroindustrial Witmarsum para uso nos queijos ‘Colonial’ e ‘Colonial com Pimenta Verde’ e consta da Revista de Propriedade Industrial nº 2468.

A solicitação da IG pela Cooperativa junto ao INPI foi protocolada há cerca de quatro anos, quando do envio de uma complexa e vasta documentação, incluindo o Regulamento de Uso da Indicação de Procedência Colônia Witmarsum e um modelo prévio do selo. O processo de elaboração da documentação teve participação de técnicos do Sebrae, importante parceiro da Cooperativa no processo.

Indicação Geográfica

O registro de IG permite a delimitação de uma área geográfica, restringindo o uso de seu nome aos produtores e prestadores de serviços da região, em geral, organizados em entidades representativas, como se dá com a Cooperativa Witmarsum, que produz o queijo colonial.

A concessão da IG reconhece o nome de um país, cidade ou região cujo produto ou serviço tem certas características específicas graças a seu meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos. É este o caso do queijo colonial Witmarsum, cuja IG aparece como forma de autenticar a produção no local.

Os produtos garantidos pela IG exploram atributos específicos de seu local de origem, como solo, vegetação, clima e o know how no cultivo e manufatura. A certificação é uma forma de identificar os produtos pela garantia de sua verdadeira procedência, reconhecendo a reputação, qualidade intrínseca e identidade própria que estejam de acordo com as tradições que os fizeram famosos.

A IG garante ao consumidor a procedência da compra de um produto genuíno, diferenciado e de excelência. Além disso, o consumidor também passa a conhecer a região, seus produtos, tradições e cultura, assim ampliando seu repertório cultural.

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