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“Propomos austeridade e governo sem mordomias”, frisa Jorge Bernardi

Dando continuidade à série de entrevistas com os candidatos ao governo do Paraná, o Diário dos Campos entrevista o Professor Jorge Bernardi, candidato pela Rede Sustentabilidade, coligação composta pelos partidos Rede, DC e PPL. 
Bernardi foi vereador de Curitiba por sete mandatos, eleito à presidência do legislativo curitibano entre 1989 e 1990 e secretário municipal do Trabalho e Emprego de Curitiba. Nas últimas eleições municipais, foi candidato a vice-prefeito com Requião Filho (MDB. Na ocasião, Rafael Greca (PMN) foi eleito prefeito de Curitiba.  
Com uma extensa carreira acadêmica, doutor em gestão urbana e vice-reitor do Centro Universitário Internacional (Uninter), com oito livros publicados, Professor Jorge Bernardi, caso seja eleito, espera levar a experiência para a administração do governo do estado. Confira trechos da entrevista. 

Por que concorrer a governador? 
"Estava afastado da vida política desde 2016, me dedicando exclusivamente à área acadêmica, como vice-reitor da Uninter, até que surgiu o convite da Rede para ser candidato a governador. Ao questionar o partido pelo fato de ser o escolhido, a resposta foi que, em primeiro lugar, a sigla confia em mim e, em segundo, porque me consideram preparado para esta função. Por fim, o grupo não estava satisfeito com os nomes que estavam se apresentando como candidatos às eleições".  

Coligação e apoio a Marina Silva no Paraná 
"Constituímos a coligação de apoio de três partidos – Rede, Democracia Cristã e Partido Pátria Livre, nenhum deles envolvido em qualquer atividade irregular como Lava Jato ou outras investigações. Temos uma chapa com dois candidatos a senadores – o ex-senador e ex-vice governador, Flávio Arns, que é um nome de grande reputação e o professor Luiz Adão – presidente estadual do Democracia Cristã. Estamos oferecendo cerca de 100 candidatos a deputados estaduais e federais, além desta chapa ilibada ao senado, e a minha candidatura ao governo do Paraná. O meu candidato a vice é o professor Juliano Murbach (PPL) ex-presidente da OAB de Cascavel, mestre em direito econômico. Além disso, temos a Marina Silva, nossa candidata a presidente – que está nos apoiando. Tivemos prejuízo nos Campos Gerais porque perdemos o deputado federal Aliel Machado, que deixou a Rede [e filiou-se ao PSB], mas com as lideranças que vieram do PPL, temos alguns candidatos a deputado estadual e federal na região que estão suprindo este vácuo". 

Estratégias para atrair o voto do eleitor diante do pouco tempo de campanha em TV e rádio 
"Temos dois prefeitos em todo o estado, dois vice-prefeitos e cerca de 60 vereadores. Temos um plano de governo que está sendo construído desde novembro. Vamos procurar equilibrar a falta de tempo de televisão utilizando as redes sociais e o contato direto com eleitor, através dos nossos candidatos da deputados, senadores e os apoiadores da campanha. Então, com esta base, e dialogando com a população paranaense, nós vamos semeando estas ideias. O nosso objetivo é nos tornarmos o candidato do segundo turno e, depois lá, teremos condições de igualdade com outro competidor". 

Principais bases do plano de governo
"O plano de governo se chama '18 eixos estratégicos para o desenvolvimento sustentável do Paraná", então temos como premissa a educação, a segurança pública, geração de trabalho e renda, e o desenvolvimento urbano e regional sustentável. A minha linha de pesquisa na universidade é justamente o desenvolvimento urbano e regional. Então, claro que como somos um partido sustentabilista, pensamos o desenvolvimento do Paraná dentro de bases sustentáveis. 
Em primeiro lugar, vamos fazer uma auditoria completa das contas do estado para ver onde estão os gargalos e o motivo pelo qual há tantas obras paradas. Com isso, consideramos que poderemos reduzir em até 10% o custeio da máquina pública que hoje chega a R$ 24 bilhões por ano. A partir daí, vamos fazer um planejamento estratégico do estado do Paraná envolvendo toda a sociedade para ter metas pelos próximos 10, 20 e 50 anos, porque o que acontece hoje é que cada governante, ao assumir, se preocupa em ganhar as eleições seguintes. Como nós da Rede temos um princípio que não nos candidatamos a reeleição e defendemos mandato de cinco anos, então, se eu for governador, eu não vou me candidatar à reeleição e vou poder planejar o Paraná para os próximos governos. 
Além disso, queremos promover a efetiva regionalização com as regiões metropolitanas, as aglomerações urbanas e as microrregiões, ou seja, vamos dar autonomia a estas microrregiões. Por exemplo, Ponta Grossa é uma aglomeração urbana: vamos produzir o desenvolvimento nesta área dentro do planejamento estratégico. A nossa meta é, em quatro anos, levar o Paraná da quinta economia para a quarta economia brasileira. 
Na segurança pública, queremos criar um grande conselho estadual para discutir o setor, e na área da saúde – pretendemos mudar a gestão, investindo mais recursos – do orçamento de R$ 3,4 bilhões – em saúde preventiva". 

Como viabilizar as ações 
"Em primeiro lugar, queremos economizar a estrutura do governo. O maior exemplo vai partir do governador, deixando de lado os privilégios e mordomias. Quando fui presidente da Câmara de Curitiba, quase 30 anos atrás, reduzi os custos do legislativo, que correspondia a 6,4% do orçamento do município para 1,8 em dois anos. Acabei com veículos oficiais, dispensei 154 funcionários, acabei com a aposentadoria dos vereadores. E, é isso que vamos implantar no estado do Paraná, um governo austero, sem luxo". 
 

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